Economia

Vendas no varejo em SP caem 1,7% em julho, diz a ACSP

O resultado de julho só não foi pior graças ao frio, que puxou as vendas na segunda quinzena do mês (+2,4%)

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 12h04.

São Paulo - As vendas no comércio varejista da cidade de São Paulo caíram 1,7% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O resultado de julho só não foi pior graças ao frio, que puxou as vendas na segunda quinzena do mês (+2,4%), suavizando a queda de 7,8% observada nos primeiros 15 dias.

Em relação a junho, as vendas aumentaram 4,8%, mas julho teve três dias úteis a mais. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as vendas têm alta de 1,75% ante igual intervalo de 2013.

Em julho, as vendas a prazo recuaram 3,6% ante julho de 2013, mas subiram 0,3% na comparação de julho ante junho. Já as vendas a vista cresceram 0,3% e 9,3%, respectivamente. "Julho de 2014 foi um mês atípico.

Em geral, a segunda quinzena de cada mês costuma ser mais fraca do que a primeira, mas neste caso ocorreu o contrário", afirmou em nota o presidente da ACSP, Rogério Amato.

Ele lembrou que o fraco desempenho da primeira quinzena de julho se deveu às reduções nos horários de funcionamento do comércio em dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Neste mês de agosto, diante do cenário macroeconômico difícil, a ACSP espera alta de apenas 2% a 3% nas vendas para o Dia dos Pais.

Enquanto isso, o indicador de inadimplentes registrou queda de 1,9% em julho ante junho e aumento de 3,4% em relação a julho do ano passado.

Já o indicador de recuperação de crédito, que aponta os cancelamentos de dívidas, teve aumentos de 7,4% e de 5,1% nas comparações mensal e anual.

"Até o momento, os dados indicam que a tendência é de estabilidade na inadimplência nos próximos meses em função da concessão mais rigorosa do crédito - por parte do varejo e das financeiras - e da cautela do consumidor que, menos confiante na economia e no emprego, evita comprometer seu orçamento", disse Amato.

Acompanhe tudo sobre:ComércioInadimplênciaVarejoVendas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto