Distribuição do varejo: mediana de 25 expectativas em pesquisa apontava alta de 0,20 por cento nas vendas em fevereiro na comparação com o mês anterior (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 10h08.
Rio de Janeiro - As vendas no comércio varejista brasileiro registraram leve alta de 0,2 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, segundo mês seguido de ganho, porém mostrando perda de força com moderação no consumo.
Sobre um ano antes, as vendas subiram 8,5 por cento em fevereiro, divulgou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, as vendas haviam avançado 0,4 por cento na comparação mensal.
O resultado mensal ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, enquanto a alta anual ficou um pouco acima da mediana de 8,10 por cento.
Segundo o IBGE, apenas três das oito atividades pesquisadas no varejo restrito mostraram alta na comparação mensal, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,0 por cento) e Combustíveis e lubrificantes (1,6 por cento).
Por outro lado, outras três atividades registraram queda, entre elas Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3 por cento). O restante registrou estabilidade nas vendas.
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo registrou avanço de 0,2 por cento em fevereiro sobre janeiro e alta de 13,9 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Já o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, registrou queda de 1,6 por cento em fevereiro na comparação mensal, após ter subido 2,8 por cento em janeiro.
O comércio varejista brasileiro vem convivendo com cenário de juros e inflação elevados, o que acaba afetando o consumo de forma geral por encarecer as operações de crédito.
Esse cenário afetou a confiança do consumidor no início do ano. Apesar de ter registrado ligeira melhora em março ao interromper três meses de queda, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), ela ainda mostra desânimo em relação ao futuro.
A expectativa geral é de que a economia brasileira, no geral, desacelere o ritmo de expansão neste ano. Após o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado 2,3 por cento em 2013, pesquisa Focus do Banco Central aponta que a expectativa dos economistas consultados é de expansão de 1,65 por cento em 2014.
Atualizado às 9h55