Economia

Vendas no varejo ajudaram IBC-Br a subir em novembro

A expansão de 1,2% das vendas no varejo ampliado em novembro deve ter puxado a atividade econômica no penúltimo mês de 2014


	Varejo: o desempenho do IBC-Br segue bastante fraco na comparação interanual, com queda de 1,3% em novembro ante novembro de 2013
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Varejo: o desempenho do IBC-Br segue bastante fraco na comparação interanual, com queda de 1,3% em novembro ante novembro de 2013 (REUTERS/Sergio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 09h02.

São Paulo - Os resultados das vendas no varejo em novembro devem ter compensado o desempenho ruim da indústria no mês e contribuído para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira, 15, ter registrado variação levemente positiva. A avaliação é da economista do banco ABC Brasil, Mariana Hauer.

Perto da estabilidade, com alta de apenas 0,04%, o resultado não altera o cenário de estagnação da economia brasileira, diz a especialista.

Mariana destaca que, como o Banco Central não detalha o resultado, é possível apenas deduzir que a expansão de 1,2% das vendas no varejo ampliado em novembro, na comparação com outubro, deve ter puxado a atividade econômica no penúltimo mês de 2014.

"No entanto, é possível que o resultado do varejo de novembro tenha tido reflexo de uma antecipação das compras de Natal", alerta a economista.

Se esse quadro se confirmar, dezembro pode ter um desempenho ruim e compensar a surpresa positiva com o setor no décimo primeiro mês do ano.

A especialista ressalta que o desempenho do IBC-Br segue bastante fraco na comparação interanual, com queda de 1,3% em novembro ante novembro de 2013.

Por isso, explica Mariana, apesar de o dado na margem ter vindo no campo positivo, o resultado do IBC-Br não foi uma surpresa tão grande a ponto de levar a revisões de projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014.

A princípio, a economista diz que deve manter a expectativa de elevação de 0,2% para o PIB do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:abc-brasilBancosComércioEmpresasIndicadores econômicosVarejo

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta