Economia

Vendas no Dia dos Namorados caem 8,63%, diz CNDL

Esse foi o pior resultado para a data nos últimos cinco anos


	Varejo: a forte queda surpreendeu até mesmo os lojistas mais pessimista
 (Larissa Belova/Getty Images)

Varejo: a forte queda surpreendeu até mesmo os lojistas mais pessimista (Larissa Belova/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 13h05.

Brasília - As vendas no comércio na semana anterior ao Dia dos Namorados (de 5 a 11 de junho) caíram 8,63% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), esse foi o pior resultado para a data nos últimos cinco anos.

Em 2013, o movimento do comércio no período cresceu 7,70% em relação ao ano anterior. O indicador é extraído do banco de dados do SPC Brasil.

A forte queda surpreendeu até mesmo os lojistas mais pessimistas, que já esperavam um desempenho fraco.

"O comércio já tinha sofrido com resultados historicamente ruins neste ano com as vendas da Páscoa e do Dia das Mães, mas uma queda tão expressiva, de 8,63%, era algo que não estava nas nossas expectativas", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, por meio de nota divulgada pela entidade.

A avaliação de Pellizzaro é de que o atual cenário de aperto monetário e de inflação alta tem prejudicado as vendas a prazo.

"Além de todo esse contexto econômico, a abertura da Copa do Mundo no dia 12 concorreu com o Dia dos Namorados e, de certa forma, contribuiu com esta queda. É natural que haja um redirecionamento de gastos, ou seja, parte do que ia ser investido no presente e nos encontros românticos foi gasto com comemorações em grupo para a Copa", avalia o presidente da CNDL.

Segundo a CNDL, o Dia dos Namorados é a terceira data mais lucrativa para o comércio, perdendo apenas para o Natal e o Dia das Mães.

Acompanhe tudo sobre:Comérciodia-dos-namoradosVarejoVendas

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade