Economia

Vendas no comércio deverão cair 31,6% na Páscoa de 2020

Queda nas vendas no período da Semana Santa será a primeira desde a recessão de 2014 a 2016

Ovos de páscoa: além das medidas de isolamento social, atingem as vendas do varejo na Páscoa efeitos secundários na economia (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ovos de páscoa: além das medidas de isolamento social, atingem as vendas do varejo na Páscoa efeitos secundários na economia (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2020 às 14h02.

Última atualização em 6 de abril de 2020 às 15h44.

As vendas do comércio varejista por causa da Páscoa deverão cair 31,6% este ano, na comparação com a Semana Santa de 2019, conforme projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso significará R$ 738 milhões a menos em faturamento no varejo.

"Esse cenário inimaginável, no início do ano, decorre basicamente das atuais restrições ao consumo por conta do isolamento social que reduziu dramaticamente o fluxo de consumidores nas lojas", diz o relatório do estudo da CNC, divulgado nesta segunda-feira, 6.

Além das medidas de isolamento social, atingem as vendas do varejo na Páscoa efeitos secundários, na economia, da pandemia do novo coronavírus, como "o dólar mais caro e a aversão ao crédito para consumo de produtos não essenciais".

Para piorar, as perspectivas pioram com os "efeitos negativos que a covid-19 deverá provocar no mercado de trabalho e, consequentemente, na confiança dos consumidores quanto ao consumo não essencial, neste momento".

Se confirmada, a queda nas vendas no período da Semana Santa será a primeira desde a recessão de 2014 a 2016. Houve quedas em 2015 (1,0%) e em 2016 (4,2%).

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