Economia

Vendas na Páscoa têm pior resultado em 5 anos, diz CNDL

As vendas cresceram 2,55% em relação a igual período do ano passado


	Páscoa: para a CNDL, o desempenho reflete o baixo crescimento da atividade econômica brasileira 
 (Getty Images)

Páscoa: para a CNDL, o desempenho reflete o baixo crescimento da atividade econômica brasileira  (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 14h18.

Brasília - As vendas a prazo neste último período de Páscoa (entre 13 e 19 de abril) cresceram 2,55% em relação a igual período do ano passado (entre 24 e 30 de março de 2013), informou a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O resultado, no entanto, não foi nada animador para o setor. "Este foi o resultado mais fraco dos últimos cinco anos", resume a CNDL, em nota sobre os resultados da Páscoa 2014.

Para a CNDL, o desempenho reflete o baixo crescimento da atividade econômica brasileira e, de certa forma, já era esperado pelos comerciantes.

"Projetávamos o pior crescimento dos últimos cinco anos, por volta de 3,5%. Mas essa variação de 2,55% veio aquém do esperado e frustrou ainda mais os lojistas", avalia o presidente da confederação, Roque Pellizzaro Junior.

O presidente do CNDL destaca que a Páscoa representa a primeira grande festa do ano para o comércio e pode funcionar como um termômetro para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2014.

"Não só pelo que este resultado representa, mas pelo que todos os indicadores de confiança do empresário e do consumidor também apontam, 2014 será um ano de fraquíssimo crescimento para o varejo", avalia Pellizzaro Junior.

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) atribui o resultado ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros e, principalmente, à inflação elevada.

"Mesmo indicando estar sob controle, a inflação ainda é alta e diminui o poder de compra do consumidor, o que impacta nas vendas", explica a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.

Acompanhe tudo sobre:FeriadosPáscoaVendas

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade