Economia

Vendas do varejo caem 3,5% em fevereiro, diz índice da Cielo

Descontados os efeitos de calendário de fevereiro, o desempenho do varejo no mês passado teria sido 2,4 pontos percentuais maior

Vendas: "Podemos interpretar o resultado de fevereiro como positivo para o varejo, dado que esperávamos uma retração maior, por conta do efeito de calendário" (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

Vendas: "Podemos interpretar o resultado de fevereiro como positivo para o varejo, dado que esperávamos uma retração maior, por conta do efeito de calendário" (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2017 às 16h45.

São Paulo - A receita de vendas do comércio varejista do país teve retração de 3,5 por cento em fevereiro ante o mesmo período do ano passado, descontada a inflação do período, a menor queda desde junho de 2016, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quarta-feira.

"Podemos interpretar o resultado de fevereiro como positivo para o varejo, dado que esperávamos uma retração maior, por conta do efeito de calendário, já que o ano passado foi bissexto e teve um dia a mais", disse o gerente da área de inteligência da Cielo Gabriel Mariotto, em nota.

O índice é calculado com base nas vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à Cielo.

Descontados os efeitos de calendário de fevereiro, o desempenho do varejo no mês passado teria sido 2,4 pontos percentuais maior, com retração de 1,1 por cento, conforme o levantamento.

O ICVA do mês passado apontou retração em quase todos os setores do varejo na comparação com fevereiro de 2016. A exceção foi o setor de turismo e transportes.

"Este índice de retração ajustado está no mesmo nível do que observamos em julho de 2015, quando o patamar de queda do varejo ainda não era tão forte quanto foi em 2016", disse Mariotto.

Em fevereiro, as regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram retrações de 4 e 3,6 por cento, respectivamente. O varejo ampliado no Sudeste registrou retração de 3,3 por cento no período, seguido pelas regiões Norte e Sul, com baixas de 2,8 e 2,4 por cento, respectivamente.

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