Volume de vendas de veículos na União Europeia cedeu 8,2% no último ano, para 12,05 milhões de unidades (Eric Gaillard/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 08h58.
Frankfurt - A demanda por novos veículos na Europa caiu para o menor nível desde 1995, encerrando um ano afetado por fortes quedas em todas as principais economias da zona do euro.
Em dezembro, que teve dois dias úteis a menos, os licenciamentos na União Europeia recuaram 16,3 por cento, para 799.407 novos veículos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação europeia da indústria automotiva, ACEA.
Os números evidenciam a crise vivida pelas montadoras na Europa, onde bancos endividados não têm liberado financiamentos para consumidores adquirirem veículos novos, ao passo que a crise de dívida leva o desemprego ao nível recorde de quase 12 por cento.
Em 2012 como um todo, a demanda por veículos novos caiu 8,2 por cento, a maior queda desde o recuo de 16,9 por cento visto em 1993. Já o tombo em dezembro foi o maior para o mês desde 2008.
As exceções no mês passado foram países europeus fora da zona do euro, como Grã-Bretanha e Suécia, onde a demanda aumentou. Mas países que não integram a União Europeia como Suíça e Noruega também sofreram quedas.
O volume de vendas de veículos na União Europeia cedeu 8,2 por cento no último ano, para 12,05 milhões de unidades, informou a ACEA. Na zona do euro, a queda foi de 11,3 por cento, para cerca de 9 milhões de unidades, segundo cálculos da Reuters.
Para 2013, a entidade que traça previsões para o mercado LMC Automotive estima recuo de 3,1 por cento nas vendas na Europa ocidental, para 11,4 milhões de veículos, comparado a níveis de 12,8 milhões e 13 milhões de unidades em 2011 e 2010, respectivamente.
Dentre as montadoras que mais sofreram em dezembro, as norte-americanas General Motors e Ford viram as vendas caírem cerca de 27 por cento cada uma.
Já a alemã Volkswagen teve queda de 22 por cento nas vendas de sua marca homônima.
As sul-coreanas Hyundai e Kia se mantiveram como exceções, com altas de 10,5 e 6,8 por cento, respectivamente.