Economia

Vendas de imóveis novos recuam 25% em fevereiro em SP

Os executivos do setor acreditam, no entanto, que março será melhor


	Prédios em São Paulo: os executivos do setor acreditam, no entanto, que março será melhor
 (Wikimedia Commons)

Prédios em São Paulo: os executivos do setor acreditam, no entanto, que março será melhor (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 14h39.

São Paulo - As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo registraram queda de 25,4% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 732 unidades, segundo pesquisa do departamento de economia e estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Em relação a janeiro, a retração foi de 0,7%.

"O efeito sazonal do início do ano continuou a afetar o desempenho do mercado imobiliário. O menor número de dias úteis do mês de fevereiro, o carnaval e as expectativas negativas com relação à macroeconomia derrubaram os níveis de confiança dos consumidores e dos empresários", avalia Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. 

Os executivos do setor acreditam, no entanto, que março será melhor.

"Percebemos uma ligeira melhora nos lançamentos de empreendimentos e nas vendas, principalmente em razão das boas oportunidades que existem hoje no mercado", ressalta o presidente do sindicato, Claudio Bernardes.

O indicador de vendas sobre ofertas (VSO) acumulado de 12 meses mostra que 41,6% do total de imóveis ofertados no período foram comercializados.

Em termos monetários, o valor global de vendas (VGV) foi de R$ 408 milhões, 6% superior ao volume de janeiro e 21% menor que o de fevereiro de 2014, considerando os valores atualizados pelo índice nacional de custos da construção (INCC).

Imóveis de dois dormitórios lideraram as vendas em fevereiro, com 330 unidades (45% do total), seguidos das unidades de um quarto, com 203 unidades (28% do total); de três dormitórios, com 152 unidades (21% do total); e de quatro ou mais dormitórios, com 47 imóveis (6% do total).

Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), o total de 872 unidades residenciais lançadas no município de São Paulo em fevereiro representou aumento de 59,7% em relação às 546 unidades de janeiro e queda de 7,2% se comparado às 940 unidades do mesmo mês de 2014.

A cidade de São Paulo encerrou o mês de fevereiro com 26.756 unidades não vendidas em oferta, o que equivale a um estoque para 15 meses de vendas, considerando a média de 12 meses de vendas, que é de 1.753 unidades.

O estoque corresponde a imóveis residenciais novos em construção e prontos, lançados entre março de 2012 e fevereiro de 2015 (últimos 36 meses).

Região Metropolitana

Com exceção da capital, as demais cidades da Região Metropolitana registraram a comercialização de 486 unidades em fevereiro, retração de 17,9% em relação a janeiro (592 unidades) e queda de 46,3% na comparação com o mesmo mês de 2014 (905 unidades).

O VSO de 12 meses desses municípios ficou em 53,8%.

Foram lançadas 319 unidades residenciais nessas cidades, o que representou aumento de 89,9% em relação a janeiro e retração de 17,4% ante fevereiro de 2014.

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