Imóveis em São Paulo: a maioria dos negócios fechados em novembro refere-se a imóveis de 2 dormitórios, que representaram 45,5% das vendas (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 11h11.
As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo atingiram o pior desempenho dos últimos 11 anos, no acumulado de janeiro a novembro de 2015.
De acordo com balanço divulgado hoje (13) pelo Secovi-SP, o sindicato da habitação, foram fechados 17.283 contratos, número que é 5,7% menor que o de igual período de 2014 e o menor já registrado desde 2004.
Em novembro, os negócios melhoraram com a venda de 2.473 imóveis, 122,4% cima do que em outubro e o segundo maior número de vendas do ano.
No entanto, o resultado não foi suficiente para evitar o recuo de 17,2% sobre o mesmo mês de 2014.
A maioria dos negócios fechados em novembro refere-se a imóveis de 2 dormitórios, que representaram 45,5% das vendas com ou 1.125 unidades.
O segundo tipo mais vendido foi de um dormitório, representando 33,6% dos contratos ou 830 unidades.
Na sequência, estão os de três dormitórios, com 18,2% dos imóveis negociados ou 450 unidades e os de quatro ou mais dormitórios, que somaram 2,7% ou 68 unidades.
Ainda segundo o Sindicato da Habitação, o Valor Global de Vendas (VGV) alcançou R$ 1,3 bilhão, mais que o dobro (107,2%) do registrado em outubro, quando a comercialização totalizou R$ 619,2 milhões.
Já em relação a novembro de 2014, houve queda de 23,1%.
Em novembro foram lançadas 3.446 unidades, 94,8% acima dos lançamentos de outubro e 47,5% abaixo dos lançamentos de novembro de 2014.
No acumulado do ano até outubro ocorreram 18.510 lançamentos, 35% abaixo do mesmo período em 2014.
Por meio de nota, o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, explicou que os lançamentos cresceram em novembro diante da expectativa de aumento da renda do brasileiro, com a entrada de recursos no mercado pelo pagamento do décimo terceiro salário e da necessidade de as empresas de capital aberto cumprirem metas anuais.
O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, também, por meio de nota,defendeu que a recuperação do setor depende do crescimento da economia e do resgate da confiança dos investidores.
“A conjunção de fatores econômicos e institucionais vem influenciando negativamente o mercado imobiliário desde 2014. Essa situação somente será amenizada se houver clara intenção do governo de recolocar a economia nos eixos, possibilitando a volta da confiança e dos investimentos".