Economia

Vendas a prazo no varejo de São Paulo crescem 5,8% em novembro

"É um aumento significativo. Contudo, não podemos projetar esse resultado para o Natal", aponta presidente da ACSP

Comércio: o resultado positivo foi puxado por bens duráveis, como eletrônicos e eletrodomésticos (.)

Comércio: o resultado positivo foi puxado por bens duráveis, como eletrônicos e eletrodomésticos (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 18h16.

São Paulo - As vendas a prazo no varejo da cidade de São Paulo tiveram alta de 5,8% em novembro ante igual mês do ano passado, informou nesta sexta-feira, 2, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O resultado positivo foi puxado por bens duráveis, como eletrônicos e eletrodomésticos.

A associação, no entanto, minimiza o avanço ao ressaltar que a base de comparação é fraca e que novembro de 2016 teve um dia útil a mais que novembro que 2015. Além disso, as vendas decorrentes da Black Friday também ajudaram.

"É um aumento significativo. Contudo, não podemos projetar esse resultado para o Natal, visto que o consumidor pode ter antecipado na Black Friday as compras de fim de ano", aponta o presidente da ACSP, Alencar Burti.

Já as vendas à vista registraram retração de 10,2% em novembro. O fator que mais pesou, segundo a ACSP, foram as variações de temperatura, que prejudicam a comercialização de roupas e calçados da moda primavera-verão. Além disso, diz a associação, a Black Friday não concentra seu apelo a esses tipos de artigo, gerando pouco impacto em seu desempenho.

Burti lembra que 2015 teve o pior Natal do Plano Real, o que pode sugerir que a queda de 2016 deverá ser mais fraca.

"Ainda há incertezas no cenário macroeconômico. Só a recuperação do emprego, da renda e da confiança pode, de fato, alterar os nossos indicadores econômicos", comenta.

Em relação a outubro, tanto as vendas a prazo quanto à vista cresceram em novembro, 4,4% e 10%, respectivamente.

No período acumulado de janeiro a novembro, as vendas a crédito e à vista acumulam perdas de 5,1% e de 12,7%, respectivamente, sobre igual período de 2015.

Acompanhe tudo sobre:Black FridayComércioVendas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto