Economia

Venda no varejo em SP cai 7,1% em junho ante maio, diz ACSP

Na comparação com maio, as vendas recuaram 7,1%, e no acumulado do ano é registrada uma queda de 6,8%


	Veículos: concessionárias apresentaram pior desempenho entre grupos pesquisados
 (Ty Wright/Bloomberg)

Veículos: concessionárias apresentaram pior desempenho entre grupos pesquisados (Ty Wright/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 16h07.

São Paulo - As vendas no varejo do estado de São Paulo caíram 8,8% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

O número é da pesquisa ACVarejo, elaborada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Na comparação com maio, as vendas recuaram 7,1%, e no acumulado do ano é registrada uma queda de 6,8%.

O indicador leva em conta o varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção.

No varejo restrito, que exclui esses setores, a queda em junho foi de 3,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 4,5% na comparação com maio.

As concessionárias de veículos apresentaram o pior desempenho entre os grupos pesquisados: retração de 26,6% nas vendas ante um ano antes e de 17,6% ante o mês anterior.

As lojas de materiais de construção aparecem em seguida com o pior desempenho, com recuos de 19,5% na comparação anual e de 14,2% na mensal.

"As quedas nas vendas desses setores decorrem da maior seletividade na concessão de crédito por parte dos bancos e do maior endividamento das famílias", avaliou Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de SP) e presidente interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil).

A Copa do Mundo também pressionou as vendas dos demais setores, uma vez que o evento representou menos dias úteis em junho.

"A perspectiva para o varejo no resto do ano é de crescimento moderado em função da desaceleração do crédito, do menor crescimento dos salários e do emprego, da perda de poder aquisitivo decorrente da maior inflação e da baixa confiança do consumidor", analisou Amato, em nota.

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