Carro elétrico em uma estação de recarga. (Miles Willis / Stringer/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 29 de março de 2017 às 17h35.
São Paulo - A cada ano que passa, os carros elétricos mostram que, de fato, vieram para ficar. Ainda que representem uma pequena fatia no mercado mundial - menos de 1% da frota - eles têm um potencial de crescimento inquestionável, seja pelo seu apelo ambiental, seja pelo fato do petróleo ser um produto finito.
Um novo relatório da consultoria Navigant Research prevê que a receita global das vendas de carros elétricos deve atingir US$ 9,3 bilhões em 2017. Dentro de uma década, essa cifra deve mais do que dobrar, movimentando um mercado de US$ 23,9 bilhões em 2026.
O estudo examinou o mercado global de veículos elétricos leves (ou LEVs, na sigla em inglês), fornecendo uma análise promissora das oportunidades para os modelos verdes.
"O mercado global de veículos elétricos está cheio de oportunidades significativas para fabricantes e fornecedores de componentes", diz Ryan Citron, analista de pesquisa da Navigant Research. Mas essas oportunidades variam de região para região.
De acordo com o relatório, a combinação de incentivos para compra, regulação e concentração populacional nas cidades está as impulsionando vendas de carros ecológicos em países da Ásia, do Pacífico e na Europa, que representam as regiões com maior oportunidade de crescimento para o setor.
Recentemente, uma pesquisa da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) sugeriu que, com a contínua redução dos preços das baterias, os veículos elétricos e híbridos se tornarão, até 2025, uma opção mais econômica na maioria dos países, até mesmo do que os modelos a gasolina ou diesel.
Adicione mais alguns anos e o cenário é ainda mais promissor, com os carros elétricos representando, em 2040, nada menos do que 35% das vendas de veículos novos leves em todo o mundo.