Concessionária de veículos: foram vendidas, nos três primeiros meses deste ano, 812.750 unidades, ante 830.445 em igual trimestre do ano passado (ARQUIVO/GETTY IMAGES)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 15h15.
São Paulo - O número de veículos vendidos no país teve queda de 7,15% no mês de março, em relação a fevereiro, segundo levantamento divulgado hoje (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O balanço, que inclui automóveis, comerciais leves (como vans e furgões), caminhões e ônibus, mostra que foram comercializadas 240.807 unidades no mês passado, sendo que, em fevereiro, foram vendidos 259.345 veículos. Em relação a março de 2013, foi registrada uma retração de 15,18%.
No acumulado do ano, também houve queda, de 2,13%, na comparação com o mesmo período em 2013. Foram vendidas, nos três primeiros meses deste ano, 812.750 unidades, ante 830.445 em igual trimestre do ano passado.
O presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, disse que é difícil fazer previsões confiáveis, já que 2014 está sendo um ano atípico, com diminuição de dias úteis, devido ao carnaval no mês de março e aos feriados nacionais durante a Copa do Mundo, e por ser um ano de eleições presidenciais, o que traz volatilidade à economia.
Com base nessa dificuldade, a Fenabrave trabalha com duas projeções de vendas até o final deste ano. Num cenário otimista, o setor fecharia o ano com uma alta de 0,29% nas vendas. Diante de um cenário mais negativo, o setor sofreria uma queda de 3,24%. Para Meneghetti, a segunda projeção é a mais provável de ocorrer.
De acordo com ele, o segmento está pessimista diante da queda registrada no acesso ao crédito. "O apetite dos bancos em assumir riscos diminuiu tremendamente, e a nossa atividade está atrelada ao financiamento de longo prazo", declarou. Além disso, com a inclusão de airbag e freio ABS nos carros, as fábricas tiveram que repassar o aumento de preço, com alta média de 5%.
Meneghetti destacou também que, ano passado, houve uma antecipação de compras muito forte. Segundo ele, as perspectivas de baixo crescimento do país e a possibilidade de alta na inflação pesam negativamente sobre o segmento de veículos.