Economia

Venda de material de construção no Brasil cai 1,41% em abril

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção atribui a queda à reação do mercado diante das medidas do governo de combate à inflação

O número de empregados na indústria aumentou 3,57% na comparação com abril do ano passado (Germano Luders)

O número de empregados na indústria aumentou 3,57% na comparação com abril do ano passado (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 11h33.

São Paulo - As vendas da indústria de material de construção no País caíram 1,41% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Em relação a março, houve queda de 4,14%. Este é o segundo mês consecutivo de retração para o setor no comparativo com o mesmo mês do ano anterior, após 16 meses seguidos de alta. Em nota, a entidade atribui o declínio à reação do mercado diante das medidas adotadas pelo governo para conter a alta da inflação.

Ao mesmo tempo, o número de empregados na indústria aumentou 3,57% na comparação com abril do ano passado. Ante março, porém, o resultado representa queda de 2,79%.

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o índice aponta para leve acréscimo de 0,96% em relação a igual período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, entretanto, as vendas apresentam alta acumulada de 6,14%. Para Melvyn Fox, presidente da Abramat, isso mostra que o setor continuará crescendo, e acompanhará a tendência da economia brasileira como um todo.

No balanço mensal, é possível constatar também que a performance da indústria de material básico permanece bem inferior à de material de acabamento. No mês passado, o faturamento da indústria de material de base registrou queda de 5,44% em relação a um ano antes, enquanto o de acabamento cresceu 7,08%. Essa diferença, conforme a entidade, deve-se ao avanço das obras iniciadas na retomada do crescimento pós-crise. Frente a março, foi apurada retração nos dois segmentos. Segundo Fox, como o ciclo natural de uma obra pode durar de um ano e meio a dois anos, em média, é provável que se atinja o equilíbrio entre os dois segmentos nos próximos meses.

Apesar da desaceleração informada em abril, a Abramat reafirma a projeção de crescimento de 7% nas vendas de material para este ano, com perspectiva de melhora no cenário principalmente ao longo do segundo semestre.

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