Consultoria manteve sua estimativa de colheita de 91,35 milhões de toneladas de soja nesta temporada, alta de 6 por cento ante 2013/14 (Divulgação / VOCÊ S/A)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 12h30.
São Paulo - A comercialização antecipada da safra 2014/15 de soja no Brasil continua lenta, bem atrás do índice verificado um ano atrás, devido aos baixos preços oferecidos aos produtores rurais, disse nesta terça-feira a consultoria Céleres.
Até 31 de outubro, apenas 12 por cento da soja a ser colhida em 14/15 havia sido comercializada, contra 32 por cento no mesmo período da temporada 2013/14. A comercialização avançou apenas 1 ponto percentual na comparação com a semana anterior.
"Entretanto, a recente recuperação no mercado externo, o dólar em alta e os prêmios ainda relativamente elevados no porto de Paranaguá (PR), atualmente cotado a 1,30 dólar por bushel, contrato de novembro de 2014, deram maior sustentação às cotações internas da soja", destacou a consultoria em um relatório mensal.
O primeiro contrato da soja tocou no início de outubro o menor patamar em cerca de quatro anos e meio, com as perspectivas de grandes safras nos Estados Unidos e no Brasil. Desde então, recuperou cerca de 12 por cento de seu valor.
Ao longo de outubro, o dólar também registrou a maior cotação ante o real em nove anos e meio.
"O sojicultor deve estar atento a esses movimentos de alta do mercado e aproveitar para comercializar ao menos parte da produção", disse a Céleres, destacando que, até o momento, o cenário tem sido predominantemente baixista, tendo em vista a elevada oferta norte-americana e a tendência de aumento da produção na América do Sul.
A consultoria manteve sua estimativa de colheita de 91,35 milhões de toneladas de soja nesta temporada, alta de 6 por cento ante 2013/14. Em relação à soja colhida na última safra, as vendas atingem 93 por cento do volume, disse a Céleres.