Microsoft adquiriu o Skype em 2011: vazamentos estratégicos feitos para dispersar ofertas rivais decaíram no período após a crise financeira global (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 13h06.
Londres - O aumento da vigilância dos reguladores e um mercado fraco para aquisições têm desencorajado bancos de investimento a vazarem informações sobre os negócios, de acordo com um estudo internacional publicado na quarta-feira.
Vazamentos estratégicos feitos para dispersar ofertas rivais decaíram no período após a crise financeira global, uma vez que a probabilidade de levantar outra oferta diminuiu, de acordo com o estudo realizado pela Cass Business School de Londres.
"No período pré-Lehman, o ganho (do vazamento) era maior do que a dor. Agora há um equilíbrio maior", disse o ex-profissional do setor bancário Philip Whitchelo, que é vice-presidente de marketing da IntraLinks, que encomendou o estudo.
"Tem que se levar em consideração que você pode nem fechar o negócio, e há reguladores caindo sobre você." O estudo examinou mais de 4 mil negócios, entre 2004 e 2012, por operações significativas por anúncios prévios (SPAT, na sigla em inglês) nas ações da empresa-alvo, o que indicaria um possível vazamento.
Ele detectou SPAT em 7 por cento das propostas em todo mundo entre 2010 e 2012, uma queda ante os 11 por cento em 2008 e 2009.
O estudo mostrou que os vazamentos eram mais comuns na Europa do que nos Estados Unidos, e foram particularmente predominantes na Grã-Bretanha, embora a fiscalização financeira tenha prometido reprimir os abusos de mercado e intensificar prisões e processos.
O mercado anual de aquisições caiu quase pela metade, para cerca de 2,5 trilhões de dólares, desde que a crise financeira eclodiu, de acordo com dados da Thomson Reuters.