Imagem do Papa Bento XVI em moeda: 5 casos foram enviados ao Ministério Público (Vincenzo Pinto/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 14h00.
Cidade do Vaticano - O Vaticano denunciou 202 transações financeiras suspeitas durante o ano de 2013 à Autoridade de Informação Financeira da Santa Sé (AIF), indicou nesta segunda-feira o diretor do órgão do Vaticano que garante a transparência financeira interna.
Apenas cinco dos casos relatados foram encaminhados ao Ministério Público do Vaticano, informou em uma coletiva de imprensa o diretor do AIF, o suíço René Brülhart.
A agência, criada pelo Papa Bento XVI para prevenir e combater a lavagem de dinheiro sujo e o financiamento do terrorismo nas instituições financeiras do Vaticano, entrou em ação em 2011 e a cada ano deve apresentar um relatório sobre as suas atividades.
O número de casos notificados multiplicaram desde que a entidade começou a operar, passando de 1 a 6 em 2012 para 202 em 2013.
"Isso não quer dizer que houve um aumento das infrações, mas que melhoramos o sistema de sinalização. Há mais consciência", disse Brülhart.
"Devemos distinguir entre suspeita e prova. Um caso é relatado como suspeito quando não cumpre alguns dos parâmetros estabelecidos" pelas normas internacionais, acrescentou.
O elevado número de casos tem sido atribuído ao novo sistema de controle, mais grave e eficaz, dentro do Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano.
No final de 2013, o Papa Francisco decidiu reforçar os poderes do AIF.