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Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2010 às 14h01.
Rio de Janeiro - As vendas no varejo brasileiro aumentaram expressivamente em março, em uma demonstração da força da economia brasileira em 2010, avaliou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). As vendas cresceram 1,6% ante fevereiro e subiram 15,7% ante março de 2009, a maior taxa anual da série histórica iniciada em 2001. Economistas consultados pela Reuters previam crescimento mês a mês de 0,75% e elevação anual de 14,1%, de acordo com a mediana das respostas.
"Há uma recuperação da economia frente à crise global de 2008, que ganhou força a partir do segundo semestre de 2009. Os números robustos do comércio endossam o ritmo forte da economia brasileira", disse a jornalistas o economista do IBGE Reinaldo Pereira. "Esses números reforçam essa previsão de crescimento forte da economia, que antes era de 5%, depois passou para 6%, e agora já está se falando no mercado em 7%."
Segundo o IBGE, os dados de março mostraram uma expansão quase generalizada das vendas. Em relação a fevereiro, sete dos 10 setores tiveram aumento de vendas, com destaque para Veículos e motos, partes e peças (10,3%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,6%), Material de construção (3%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,5%).
Sobre março do ano passado, todos os oito setores pesquisados mostratam crescimento, destacando-se Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (15,3%, dado recorde), Móveis e eletrodomésticos (25,7%), Tecidos, vestuário e calçados (15,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (15,2%).
No varejo ampliado, que inclui setores atacadistas e varejistas de veículos e material de construção, as vendas avançaram 5%, melhor desempenho desde junho do ano passado. No confronto com março de 2009, o varejo ampliado bateu recorde com alta de 22%, ainda de acordo com o IBGE.
As vendas de veículos cresceram 10,3% em março sobre fevereiro e 32,4% ante março do ano passado. "Houve uma corrida para aproveitar a isenção do IPI que iria terminar naquele mês e algumas montadoras fizeram também promoções", disse Pereira.
O comércio de material de construção, outro setor beneficiado pela isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cresceu em março 3% na comparação mensal e 19,3% na anual. "O programa de incentivo fiscal e programas de habitação no Brasil estão começando a deslanchar e impactar nas vendas."
O IBGE acrescentou que o dado de fevereiro foi revisto para alta de 1,8% ante janeiro. A leitura preliminar havia sido de 1,6%.