Herman Van Rompuy: 'agora é preciso se concentrar em crescimento (econômico), que deve ser promovido através do reforço da oferta e do estímulo à demanda' (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 12h44.
Roma - O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou nesta segunda-feira que o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) entrará em vigor em julho, antes do previsto, e que a cúpula do dia 30 de janeiro em Bruxelas será focada no pacto fiscal e no desenvolvimento econômico.
Van Rompuy deu uma declaração aos jornalistas nesta segunda em Roma depois de se reunir com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, a quem expressou sua admiração pelo trabalho realizado à frente do Executivo da Itália nos dois meses que está no poder, afirmando estar convencido de que poderá apresentar resultados 'ainda mais extraordinários' no futuro.
'Nossos mecanismos contra a crise estão em processo de reforço. O Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira entrará em vigor em julho de 2012, ou seja, antes do previsto. Avaliaremos o mais rápido possível a adequação das dimensões do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)', disse o presidente do Conselho Europeu.
'Agora é preciso se concentrar em crescimento (econômico), que deve ser promovido através do reforço da oferta e do estímulo à demanda. É preciso criar uma estratégia mobilizando todos os meios no nível da União Europeia e, ainda mais importante, no nível dos Estados-membros', acrescentou.
Van Rompuy explicou que o pacto fiscal europeu será estipulado antes do final de janeiro e que esse tratado será assinado em março.
O presidente do Conselho Europeu afirmou ainda que existe uma 'grande convergência' com Monti sobre os passos necessários para superar a atual crise financeira.
'Ambos estamos convencidos que a estabilidade financeira é a chave não só para a zona do euro, mas também para a Europa em conjunto. Este objetivo não será alcançado em uma noite e também não em muito pouco tempo', comentou.
'Não existe diferença entre o que se pretende em Roma e em Bruxelas. A Itália segue na direção adequada, de modo que sua contribuição pode ser favorável para uma Europa mais próspera', acrescentou.
Por sua vez, Monti explicou que transmitiu ao presidente do Conselho Europeu as 'exigências' da Itália sobre o pacto fiscal e a governança europeus, e assegurou que ambos concordaram na necessidade de 'reduzir as diferenças entre a zona do euro e o Reino Unido'.
Sobre esse assunto, o primeiro-ministro da Itália tentará uma mediação no encontro com o premiê britânico, David Cameron, em Londres, marcado para quarta-feira.