Economia

Van Rompuy fará uma nova proposta de orçamento comum à UE

Em sua nova proposta, o presidente da UE "levará em conta os pontos de vista de todos os países membros"

A idea de Van Rompuy é convencer o Reino Unido
 (Alexander Klein/AFP)

A idea de Van Rompuy é convencer o Reino Unido (Alexander Klein/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 13h10.

Bruxelas - O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, apresentará uma nova proposta para o orçamento comunitário 2014-2020, com o objetivo de alcançar um acordo na reunião do bloco nesta quinta e sexta-feira, disse o ministro chipriota (país que detém atualmente a presidência rotativa da UE) Andreas Mavroyiannis.

Segundo o ministro, a reunião de segunda-feira com Van Rompuy e ministros europeus foi "muito construtiva".

Em sua nova proposta, Van Rompuy "levará em conta os pontos de vista de todos os países membros da UE", ou seja, haverá cortes, mas distribuídos de outra maneira, afetando principalmente os gastos administrativos.

"Creio que ele está seguro de ter atingido uma proposta adequada", disse. "Cremos que um acordo é possível".

Estimulado pela Alemanha, Van Rompuy apresentou na semana passada uma proposta que cortava em quase 80 bilhões de euros o projeto da Comissão Europeia, com grandes cortes nos fundos de coesão de ajuda às regiões (quase 30 bilhões de euros) e na Política Agrícola Comum (PAC) de cerca de 25,5 bilhões de euros. Contudo, quase todos os países, especialmente os chamados "amigos da coesão", entre eles Espanha e Itália, protestaram.

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou que o plano, que levaria a Espanha a perder até 20 bilhões de euros em ajudas, era "inaceitável".

A idea de Van Rompuy é convencer o Reino Unido, que exige drásticos cortes no orçamento comunitário e já avisou que, do contrário, o vetará.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse recentemente que poderá alcançar um acordo sobre o orçamento plurianual europeu, após ter consultado vários de seus sócios europeus.

"Com relação às negociações, reconhecemos que serão duras. E como temos dito desde o princípio, há muitas prioridades sobre a mesa. Contudo, há boas ideias sobre onde podemos fazer mais para frear o gasto que não temos explorado totalmente, por exemplo reduzindo o gasto administrativo", disse o porta-voz de Cameron aos jornalistas.

Cameron viajará na quinta-feira à Bruxelas, pressionado por um voto do Parlamento britânico para que exija cortes no orçamento plurianual da União Europeia (2014-2020).

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