Economia

Vamos ter de lutar contra protecionismo, diz Azevêdo

Ele também prometeu que outra prioridade será a conclusão da Rodada de Doha, processo que há 13 anos está em curso


	Nos últimos dois anos, a OMC vem criticando o governo brasileiro por adotar medidas protecionistas, enquanto Azevêdo, como embaixador em Genebra, insistia que o país estava atuando dentro da lei
 (Fabrice Coffrini/AFP/AFP)

Nos últimos dois anos, a OMC vem criticando o governo brasileiro por adotar medidas protecionistas, enquanto Azevêdo, como embaixador em Genebra, insistia que o país estava atuando dentro da lei (Fabrice Coffrini/AFP/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 17h58.

Genebra - Roberto Azevêdo, diretor eleito da Organização Mundial do Comércio (OMC), alerta sobre a "ameaça do protecionismo" e adverte que a OMC precisa se atualizar para continuar relevante. Azevêdo concedeu nesta quarta-feira, 08, sua primeira entrevista coletiva, após ter sido escolhido como diretor-geral da organização.

"O protecionismo é generalizado e vamos ter de lutar contra ele", disse. Nos últimos dois anos, a OMC vem criticando o governo brasileiro por adotar medidas protecionistas, enquanto Azevêdo, como embaixador em Genebra, insistia que o país estava atuando dentro da lei.

O brasileiro não hesitou em reconhecer que a OMC passa por uma crise e insiste que "reconquistar relevância e importância" será uma das suas prioridades para a entidade.

Ele também prometeu que outra prioridade será a conclusão da Rodada de Doha, processo que há 13 anos está em curso. "Temos de encontrar uma solução. Isso vai destravar a OMC", disse.

O novo diretor assume no dia 1º de setembro e terá apenas três meses até a conferência ministerial da entidade para chegar a um entendimento entre os governos. "Espero encontrar o paciente com o coração ainda batendo, e não morto", concluiu Azevêdo.

Acompanhe tudo sobre:ComércioDiplomaciaProtecionismo

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado reduz projeções do câmbio para 2025 e 2026

Pequim promete 'proteger' direitos das empresas americanas na China

Com guerra de tarifas, governo teme aumento da oferta de produtos chineses e disputas setoriais

Split payment da reforma tributária é preparado para iniciar em transações entre empresas (B2B)