Economia

USP lidera estudo para hidrogênio verde a partir de etanol, diz Haddad

Ministro da Fazenda ressaltou nesta quinta-feira, que a agenda da sustentabilidade será uma oportunidade para o Brasil

Fernando Haddad, Brazil's finance minister, speaks during a bill signing ceremony at Planalto Palace in Brasilia, Brazil, on Monday, Aug. 28, 2023. The provisional measure that increases the minimum wage and expands the range for income tax exemption was approved by lower house last week. Photographer: Ton Molina/Bloomberg via Getty Images (Ton Molina/Getty Images)

Fernando Haddad, Brazil's finance minister, speaks during a bill signing ceremony at Planalto Palace in Brasilia, Brazil, on Monday, Aug. 28, 2023. The provisional measure that increases the minimum wage and expands the range for income tax exemption was approved by lower house last week. Photographer: Ton Molina/Bloomberg via Getty Images (Ton Molina/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de outubro de 2023 às 11h51.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a enfatizar a liderança da Universidade de São Paulo (USP) em um estudo para produzir hidrogênio verde a partir de etanol. Criticou, no entanto, o fato de a Petrobras não participar do projeto.

"A Petrobras ficou de fora do projeto de hidrogênio verde. Já conversei com o Jean Paul Prates (presidente da estatal). Não usamos o fundo verde para aquilo que de mais moderno há no País. Às vezes, o Estado brasileiro se omitiu para nos colocar na liderança da transformação ecológica no mundo", disse o ministro durante o 7º Fórum Nacional de Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O evento deste ano tem como tema "Desenvolvimento Sustentável e o Controle".

Para o ministro, o Brasil tem uma dúzia de bons projetos verdes. "Tem uma quantidade enorme de oportunidades a serem aproveitadas. Eu sequer tinha notícia do climate scanner", disse em referência a uma ferramenta do TCU que será lançada durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes.

Haddad argumentou que a presidência brasileira do G20 e a COP30, em Belém, no Pará, sejam usadas como uma vitrine dos projetos que ocorrem no País. "Podemos dar visibilidade mundial para o que está sendo feito aqui com efeitos externo e interno", afirmou. "Não temos ainda alinhamento em torno disso no Brasil. Ainda estamos remando, envolvendo as pessoas", continuou.

O ministro comentou que há 20 anos havia a dúvida sobre se a agenda de sustentabilidade colidia com o desenvolvimento. "A humanidade amadureceu, e também pela dor. Nós é que vamos pagar preço por agredir a natureza, sobretudo os pobres", previu. A situação, de acordo com ele, no entanto, pode ser evitada. E mais: o País poderia aproveitar o momento para fazer dessas questões fonte de geração de emprego e de cidadania.

Haddad ainda agradeceu a parceria do TCU, citando nominalmente discussões em torno de mudanças no Carf e da reforma tributária. "Tem sido inestimável o TCU para uma agenda de modernidade da máquina pública", elogiou. Participam do evento os ministros Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), Marina Silva (Meio Ambiente), Jorge Messias (AGU) e Augusto Nardes (TCU).

Haddad sobre agenda sustentável: 'o que pode parecer custo para outros é para nós oportunidade'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou nesta quinta-feira, 5, que a agenda da sustentabilidade será uma oportunidade para o Brasil. "Temos uma oportunidade enorme pela frente. O que pode parecer custo para outros países, para o Brasil é oportunidade", disse ele durante o 7º Fórum Nacional de Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O evento deste ano tem como tema "Desenvolvimento Sustentável e o Controle".

Para Haddad, o Brasil está ainda "muito atrasado em relação a tudo" e a procura agora é avançar "em busca do tempo perdido" e do atraso de uma série de mecanismos modernos que estão à disposição para a realização da transição ecológica. O ministro comemorou também a aprovação na quarta-feira, 4, pelo Senado da criação do mercado de carbono do Brasil. Ele citou trabalhos do Ministério sobre taxonomia e green bonds.

"Já no primeiro ano de governo vamos endereçar uma série de questões muito atrasadas", reforçou. Ele destacou que o Plano de Transição Ecológica tem mais de cem ações e que incide sobre todos os ministérios, citando o Plano Safra como exemplo.

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