“Neste ano houve uma antecipação do início de moagem pelas unidades produtoras devido ao maior volume de cana disponível para processamento”, disse o diretor técnico da Unica (Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 18h25.
São Paulo – Com a antecipação da colheita, a moagem de <a href="https://exame.com/noticias-sobre/cana-de-acucar" target="_blank"><strong>cana-de-açúcar </strong></a>pelas usinas do Centro-Sul, desde o início da safra, chegou a 41 milhões de toneladas no dia 30 de abril. </p>
Segundo levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgado hoje (13), no mesmo período de 2012 foram moídas 14,1 milhões de toneladas.
“Neste ano houve uma antecipação do início de moagem pelas unidades produtoras devido ao maior volume de cana disponível para processamento”, disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, que acrescentou que o clima neste ano também colabora com o bom andamento da safra.
A maior parte de cana colhida até agora (60%) foi destinada à produção de etanol. “As empresas priorizam a produção de etanol para atender ao mercado interno, principalmente no que se refere ao aumento da mistura do anidro na gasolina ”, explica Pádua.
Desde o dia 1º de maio, a gasolina vendida no país teve o índice de mistura com o biocombustível aumentado de 20% para 25%. A medida foi adotada como um incentivo aos produtores de cana e também para ajudar a reduzir o impacto do aumento do preço da gasolina, em janeiro deste ano.
A produção de etanol alcançou 1,58 bilhão de litros, 400,9 milhões de álcool anidro, destinado à mistura com a gasolina, e 1,18 bilhão de etanol hidratado, para abastecimento direto dos veículos. O volume é quase duas vezes maior (180%) do que registrado no mesmo período da safra anterior.
As vendas de etanol hidratado no mercado - 1,52 bilhão de litros - aumentaram 14,9% no acumulado até abril deste ano em comparação a 2012. Para a Unica, com a redução do preço do produto, a tendência é que a alta nas vendas se mantenha nos próximos meses. “O mercado deve se manter aquecido nos próximos meses devido à retração dos preços do produto na bomba e ao esforço de comunicação que tem sido feito para sensibilizar o consumidor em relação às vantagens associadas ao biocombustível”, disse Pádua.