Economia

Uruguaios estudam missões comerciais às Malvinas

Empresários pretendem, entre outras coisas, 'ver o que se pode fazer em setores como serviços e telecomunicações'

Entre os empresários, há um grande interesse em vender produtos (Wikimedia Commons)

Entre os empresários, há um grande interesse em vender produtos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 20h40.

Montevidéu - Empresários uruguaios representados pela Câmara de Comércio Uruguaio-Britânica cogitam enviar uma nova missão comercial às ilhas Malvinas, dado o interesse mútuo que existe em oferecer produtos e serviços ao arquipélago, informou à Agência Efe nesta quinta-feira Marcelo Mercant, diretor da entidade.

Segundo ele, entre os empresários uruguaios, há um grande interesse para vender seus produtos nas ilhas e já existe uma 'lista de espera' de comerciantes dispostos a viajar às Malvinas para explorar o mercado, assim que a missão que já se encontra no arquipélago retornar.

A ideia desta segunda missão seria 'ver o que se pode fazer em setores como serviços e telecomunicações', necessários para os habitantes das ilhas e que não têm outra fonte de abastecimento.

Para que esta missão se concretize, disse Mercant, ainda é preciso avaliar e observar as perspectivas dos membros da missão que atualmente se encontra nas Malvinas, composta por 16 empresários, que foram às ilhas com a ideia de 'explorar e promover a troca' bilateral,

'Trata-se fundamentalmente de produtores agropecuários, mas também foram empresários de setores como biogenética e telecomunicações', apontou.

Nesse sentido, o empresário destacou que as relações entre Malvinas e Uruguai ocorrem há muitos anos, apesar da interrupção do serviço marítimo entre Montevidéu e Puerto Stanley ter prejudicado esse comércio.

'Além da situação política das ilhas, nós estamos fazendo o que o próprio governo uruguaio quer fazer, que é abrir e incentivar o comércio exterior', indicou.

Essa visita de empresários ao arquipélago ocorre justo num momento de grandes tensões entre Argentina e Reino Unido, reaceso pelo iminente aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.

Além disso, ocorre depois que o Uruguai e os demais países do Mercosul proibiram a entrada em seus portos de navios com a bandeira das Malvinas. 

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