Economia

UE se prepara para "estado de emergência" por dívida grega

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ignorou uma série de pedidos de líderes europeus para agir rápido e culpou os credores pela ruptura das negociações


	Em Atenas, Tsipras mostrava poucos sinais de alarme, ignorando alertas de autoridades europeias para Atenas agir agora
 (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

Em Atenas, Tsipras mostrava poucos sinais de alarme, ignorando alertas de autoridades europeias para Atenas agir agora (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 10h33.

Atenas/Berlim - O comissário da Alemanha na União Europeia (UE), Guenther Oettinger, afirmou nesta segunda-feira que é hora de se preparar para um "estado de emergência" após as negociações para resgatar a Grécia do default e evitar a saída da zona do euro falharem no fim de semana.

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ignorou uma série de pedidos de líderes europeus para agir rápido e culpou os credores pela ruptura das negociações de ajuda em troca de austeridade, o maior revés nas conversas para garantir mais ajuda para a Grécia.

Atenas tem agora apenas duas semanas para encontrar uma maneira de sair do impasse antes de enfrentar pagamento de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), potencialmente deixando o país sem dinheiro, incapaz de tomar empréstimo e ser expulsa da zona do euro.

Embora haja poucos sinais de pânicos na Grécia já que os gregos mantêm as esperanças de uma solução de última hora.

"Devemos trabalhar um plano de emergência porque a Grécia pode cair em um estado de emergência", disse Oettinger. "A oferta de energia, pagamento de policiais, suplementos médicos e produtos farmacêuticos, e muito mais" precisam ser garantidos.

Em Atenas, Tsipras mostrava poucos sinais de alarme. Ignorando alertas de autoridades europeias para Atenas agir agora, Tsipras afirmou friamente que está satisfeito em aguardar até que os credores mudem de ideia.

"Vamos aguardar pacientemente até que as instituições percebam a realidade", disse Tsipras em comunicado ao jornal grego Efimerida ton Syntakton. "Não temos o direito de enterrar a democracia europeia no lugar onde ela nasceu." (Reportagem adicional de Angeliki Koutantou e Matthias Williams em Atenas)

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