Economia

UE prevê menor crescimento e destaca fraqueza de emergente

A zona do euro deverá crescer 1,7% neste ano, abaixo da previsão de expansão de 1,8% feita no relatório de novembro


	União Europeia: a zona do euro deverá crescer 1,7% neste ano, abaixo da previsão de expansão de 1,8% feita no relatório de novembro
 (Francois Lenoir / Reuters)

União Europeia: a zona do euro deverá crescer 1,7% neste ano, abaixo da previsão de expansão de 1,8% feita no relatório de novembro (Francois Lenoir / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 08h13.

Bruxelas - O crescimento da zona do euro e da União Europeia será levemente menor neste ano do que o previsto anteriormente pela Comissão Europeia.

Em seu relatório quadrimestral, a Comissão afirmou que o crescimento global fraco, com desaceleração da China e de outros mercados emergentes, bem como questões geopolíticas, em especial a falta de um acordo sobre a crise dos refugiados, podem prejudicar mais a economia da região.

A zona do euro deverá crescer 1,7% neste ano, abaixo da previsão de expansão de 1,8% feita no relatório de novembro, embora um pouco mais que o avanço de 1,6% registrado no ano passado. Para 2017, a projeção é de que a zona do euro cresça 1,9%, em linha com cálculos anteriores.

A estimativa para a União Europeia é de crescimento de 1,9% neste ano, em linha com 2015, mas abaixo da previsão anterior de 2,0%. A Comissão prevê avanço de 2,0% em 2017, também abaixo da taxa de +2,1% estimada em novembro.

Um fator que continua pesando sobre o sentimento, especialmente na zona do euro, é a inflação persistentemente baixa, mesmo diante dos esforços do Banco Central Europeu (BCE) para estimular o consumo por meio do programa de compras mensais de ativos.

A expectativa de inflação na zona do euro neste ano é de uma taxa de 0,5%, metade da taxa de 1,0% esperada anteriormente. Para 2017, a Comissão reduziu a estimativa de 1,6% para 1,5%.

A meta de inflação do BCE é de pouco menos de 2,0%. Na União Europeia os preços ao consumidor devem subir 1,5% neste ano e 1,6% no próximo.

Com relação à taxa de desemprego, a Comissão reduziu a estimativa para a zona do euro neste ano de 10,6% para 10,5% e em 2017 de 10,3% para 10,2%.

O desemprego na União Europeia também deverá ser menor que o esperado em novembro. A projeção para este ano passou de 9,2% para 9,0% e no próximo ano foi de 8,9% para 8,7%.

As novas projeções destacam como a União Europeia continua com dificuldades para se recuperar da crise financeira global de 2008 e da crise de dívida que se seguiu - apesar da queda nos preços do petróleo, dos baixos custos de financiamento dos governos e do relativamente baixo valor do euro, fatores que normalmente favorecem o crescimento econômico.

"A recuperação é lenta, tanto em perspectiva histórica quanto comparada com outras economias avançadas", comentou a Comissão no relatório. 

Acompanhe tudo sobre:BCEDesempregoEuropaInflaçãoUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto