Grécia: o país foi posto sob essa modalidade em 2009 (Matt Cardy/Getty Images)
AFP
Publicado em 12 de julho de 2017 às 11h09.
Última atualização em 12 de julho de 2017 às 11h10.
A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (12) que "recomenda o fechamento do procedimento de déficit excessivo" aberto há oito anos contra a Grécia, no intuito de recompensar os progressos no balanço orçamentário de Atenas.
O país continuará, porém, sob um plano de ajuda até 2018.
Essa decisão "é outro sinal positivo da estabilidade financeira e da reativação econômica no país", afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.
O procedimento por déficit excessivo permite à Comissão pôr sob vigilância os países que não respeitam os critérios de convergência da zona euro e, em tese, pode multá-los. Isso nunca aconteceu.
Há vários anos com déficit muito acima do limite de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) fixado pelos tratados europeus, a Grécia foi posta sob essa modalidade em 2009.
Após adotar uma série de ajustes, a Grécia conseguiu registrar, em 2016, um déficit orçamentário de 0,7% do PIB, como apontam os últimos dados da Comissão.
"É um momento muito simbólico para a Grécia. Depois de tantos anos de sacrifício do povo grego, o país colhe, no fim, o fruto de seus esforços", disse o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
O encerramento formal do procedimento ainda precisa da aprovação dos 28 ministros das Finanças da UE.
O anúncio da Comissão surge pouco depois do acordo entre os credores da Grécia - zona euro e Fundo Monetário Internacional (FMI) - para reativar o plano de resgate de 86 bilhões de euros pactado em julho de 2015.
O resgate permitirá à Grécia pagar parte de sua dívida colossal, que alcança quase 180% do PIB.