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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O Brasil acusa a União Europeia de estar gerando prejuízos de "milhões de dólares" aos exportadores nacionais de açúcar e deprimindo o preço da commodity diante de sua decisão de elevar o volume de vendas no mercado internacional. Bruxelas reagiu às críticas do Brasil e insinuou que o objetivo do lobby brasileiro é impedir que a UE volte a ter uma parcela do mercado mundial do produto.
A UE garantiu ontem, em resposta, que a autorização é temporária e não deve ser repetida em 2010. A exportação de 500 mil toneladas extras estaria ocorrendo diante de "condições extraordinárias do mercado" e de um preço recorde do açúcar no mundo. Mas Bruxelas insistiu que tem "o direito de também participar do mercado internacional" do açúcar e indicou que há mesmo um déficit do produto hoje no mundo que não é atendido pelo Brasil, Índia e outros grandes produtores.
Já o Itamaraty insistiu que a medida europeia reverteu a tendência do preço do açúcar, que estava em alta ate o anúncio da UE de despejar 500 mil toneladas de açúcar no mercado. Desde então, o preço teria caído. O Brasil venceu há cinco anos uma disputa contra a UE sobre as vendas de açúcar. A OMC condenou as exportações europeias e a UE foi obrigada a limitar suas vendas internacionais. Qualquer volume de açúcar que ultrapassasse a marca estabelecida pela OMC seria considerado como exportação ilegal de açúcar subsidiado e com distorções ao mercado.