Economia

UE quer preço único para gás russo vendido a seus membros

Países da UE deveriam estreitar os vínculos energéticos com a Ucrânia e a Geórgia, disse o comissário europeu da Energia, Guenther Oettinger


	Gazprom: países mais dependentes do gás russo, especialmente na Europa Central, tendem a pagar mais do que na Europa Ocidental
 (Divulgação)

Gazprom: países mais dependentes do gás russo, especialmente na Europa Central, tendem a pagar mais do que na Europa Ocidental (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 10h45.

Varsóvia - Os Estados membros da União Europeia deveriam rejeitar as táticas divisionistas da Rússia na definição de preços do seu gás natural e estreitar os vínculos energéticos com a Ucrânia e a Geórgia, disse na sexta-feira o comissário (ministro) europeu da Energia, Guenther Oettinger.

As declarações dele refletem uma postura mais dura da UE desde a anexação da Crimeia pela Rússia. Atualmente, os países da UE adquirem gás russo mediante contratos bilaterais com Moscou, pagando preços diferentes. Compras conjuntas melhorariam o poder de negociação do bloco europeu e provavelmente reduziriam os valores.

"Queremos um preço uniforme para o gás no mercado comum europeu", disse Oettinger em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

"O jogo de ‘divide et impera' (‘dividir e governar'), ou um jogo desse tipo, não será aceito pela UE ou pelos Estados membros", afirmou Oettinger, referindo-se aos preços variados que a Rússia impõe pelo seu gás.

A empresa russa Gazprom, monopólio responsável pela exportação de gás, está nos últimos anos renegociando vários contratos. Países mais dependentes do gás russo, especialmente na Europa Central, tendem a pagar mais do que na Europa Ocidental, onde a Gazprom tem menos predomínio.

A Gazprom disse que as propostas de Oettinger acarretam complicações contratuais. "Gostaríamos de saber se a proposta é unificar o preço para todos os fornecedores de gás para a Europa, não só a Rússia", disse um porta-voz.

Nos últimos anos, a UE conseguiu diversificar razoavelmente sua matriz energética, mas a dependência em relação ao petróleo, gás e carvão da Rússia continua crescendo. A Europa paga anualmente cerca de 250 bilhões de dólares à Rússia por aquisições energéticas, e o gás russo responde por cerca de um terço do volume importado pela UE.

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