Economia

UE propõe tarifas sobre aço do Brasil, Irã, Rússia e Ucrânia

A ideia é combater o que a União Europeia considera como preços injustamente baixos

Aço: o aço laminado a quente dos países passou a ter 12,6% do mercado do bloco até meados de 2016 (Mark Renders/Getty Images)

Aço: o aço laminado a quente dos países passou a ter 12,6% do mercado do bloco até meados de 2016 (Mark Renders/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 13h30.

Londres - A União Europeia está planejando impor taxas de até 33 por cento sobre as importações de aço laminado a quente do Brasil, Irã, Rússia e Ucrânia para combater o que considera preços injustamente baixos, de acordo um documento consultado pela Reuters.

A Comissão Europeia, que fiscaliza a política comercial da União Europeia, abriu uma investigação sobre aço laminado a quente importado do Brasil, Irã, Rússia, Ucrânia e Sérvia em julho de 2016, depois que recebeu uma denúncia da Eurofer, a associação europeia de aço.

A investigação determinou que o aço laminado a quente de todos os países, exceto da Sérvia, passou a ter 12,6 por cento do mercado do bloco até meados de 2016 ante 7,5 por cento em 2013, com redução de cerca de um quarto nos preços, de acordo com o documento.

A Comissão está propondo tarifa de 16,3 por cento sobre aço da ArcelorMittal Brasil, 17,5 por cento para a Usiminas e 15,7 por cento para a CSN.

Para as siderúrgicas russas NLMK, MMK e PAO Severstal as tarifas variam de 5,3 a 33 por cento. No caso da iraniana Mobarakeh Steel, a sobretaxa proposta é de 23 por cento, enquanto para a ucraniana Metinvest Group a proposta é de 19,4 por cento.

As tarifas definitivas devem ser aplicadas até 6 de outubro.

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