Economia

UE propõe novo regime para lidar com bancos problemáticos

A proposta recomenda coordenação mais próxima entre países e a garantia de poderes para forçar perdas a detentores de títulos de um banco com problemas

Bandeira da União Europeia é vista em frente ao templo Partenon, em Atenas (John Kolesidis/Reuters)

Bandeira da União Europeia é vista em frente ao templo Partenon, em Atenas (John Kolesidis/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 08h38.

Bruxelas - A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira poderes de longo alcance para que reguladores lidem com bancos problemáticos, um passo na direção de uma união bancária que o Banco Central Europeu (BCE) e outros buscam para garantir o futuro do euro.

A proposta recomenda coordenação mais próxima entre países e a garantia de poderes para forçar perdas a detentores de títulos de um banco com problemas, visando a impedir uma repetição do caos após o colapso do banco Lehman Brothers em 2008.

Mas a legislação não deve entrar em vigor antes de 2015, tarde demais para a Espanha, que pode ser forçada a buscar um resgate para seus bancos se não conseguir refinanciamento para eles, que sofrem com inadimplência e outros problemas.

"A proposta que temos hoje pode ser útil apenas para o futuro, mas não resolve os problemas atuais que enfrentamos", disse Sharon Bowles, presidente do comitê de economia e finanças do Parlamento Europeu e uma das autoridades mais influentes na questão de regulação bancária em Bruxelas. "No curto prazo, precisamos de mais medidas." O esboço sugere dar aos supervisores poderes para forçar perdas a detentores de títulos de um banco com problemas para que se possa poupar os contribuintes.

A lei introduziria um regime de insolvência para bancos na União Europeia. Ela instruiria países a se preparem para um colapso bancário, coletando dinheiro através de uma taxação anual sobre os bancos que seria usado para empréstimos de emergência ou garantias.

Se conquistar o apoio de países da UE e do Parlamento europeu, a lei representaria um passo na direção da união bancária patrocinada pelo presidente do BCE, Mario Draghi.

Acompanhe tudo sobre:BancosBCECrise econômicaCrises em empresasEuropaFinançasUnião Europeia

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1