Economia

UE está disposta a fazer concessões em orçamento da França

Segundo ex-ministro francês e comissário europeu, as normas orçamentárias têm flexibilidade para permitir que os Estados reajam a “circunstâncias inesperadas”


	Comissário de economia europeu, Pierre Moscovici: "a proteção dos cidadãos, a segurança dos cidadãos na França e na Europa é a prioridade absoluta”
 (REUTERS)

Comissário de economia europeu, Pierre Moscovici: "a proteção dos cidadãos, a segurança dos cidadãos na França e na Europa é a prioridade absoluta” (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 12h32.

Bruxelas - O comissário de economia europeu, Pierre Moscovici, disse nesta terça-feira que o Executivo da União Europeia pode oferecer uma margem de manobra à França em seu orçamento levando em consideração as prioridades de segurança do país na esteira dos ataques em Paris.

Na segunda-feira, o presidente francês, François Hollande, prometeu não conter despesas para reforçar e equipar suas forças de segurança e agentes da lei no combate ao terrorismo, mesmo que isso eleve o déficit orçamentário para além dos limites europeus.

“Uma coisa que está clara nas atuais circunstâncias é que, neste momento terrível, a proteção dos cidadãos, a segurança dos cidadãos na França e na Europa é a prioridade absoluta”, afirmou Moscovici, ex-ministro das Finanças francês, em uma coletiva de imprensa que tratou da análise dos orçamentos de todos os países do bloco.

Ele disse que as normas orçamentárias da UE têm flexibilidade para permitir que os Estados reajam a “circunstâncias inesperadas” e que a união irá reavaliar o orçamento francês em vista dos novos gastos --embora até o momento não tenha havido impacto no orçamento previsto para 2016.

“Iremos reavaliar todos os possíveis gastos orçamentários destes novos desdobramentos”, afirmou Moscovici.

“É cedo demais para dizer como irão impactar a trajetória orçamentária da França.”     

O vice-presidente europeu para o euro, Valdis Dombrovskis, disse na entrevista coletiva que a França tem espaço de manobra dentro das normas orçamentárias da UE.     

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