Bandeiras do Mercosul: Por enquanto, a UE ainda não acertou uma data com o bloco sul-americano para iniciar a troca mútua de propostas sobre acesso aos mercados (Norberto Duarte/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 13h27.
Bruxelas - A União Europeia (UE) e os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) retomaram nesta segunda-feira em Bruxelas as negociações de um acordo de associação e, ao longo de toda a semana, tentarão seguir avançando nas questões de cooperação e diálogo político e nas regras comerciais.
Os negociadores de ambas as partes trabalham desde esta segunda para aproximar posições e está previsto que a delegação sul-americana seja reforçada a partir da quinta-feira com a chegada da ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, cujo país preside o Mercosul atualmente.
No campo comercial do acordo, o que apresenta mais dificuldades, a UE e os países do Mercosul ainda não começarão a tratar do acesso de seus produtos aos mercados, indicaram fontes da Comissão Europeia à Agência Efe.
Assim, áreas sensíveis da negociação, como os capítulos sobre alfândegas e facilitação do comércio, barreiras técnicas ao comércio e o mecanismo para resolução de conflitos não serão abordadas ainda.
As discussões serão focadas nas normas de liberalização comercial, ou seja, os aspectos do acordo relacionados às regras, nas quais a parte europeia mantém a expectativa de registrar progressos.
As fontes destacaram a importância de acertar essas normas e lembraram que o objetivo dos negociadores é 'avançar o máximo possível no trabalho técnico antes de trocar ofertas sobre acesso a mercados'.
Por enquanto, a UE ainda não acertou uma data com o Mercosul para iniciar a troca mútua de propostas sobre acesso aos mercados, indicaram as fontes, que lembraram que o momento deve ser discutido e aprovado com o Mercosul.
A UE e o Mercosul retomaram as negociações para obter um acordo de associação em maio de 2010, após as sessões terem ficado suspensas em 2004.
O acordo que buscam criará a maior área de livre comércio do mundo, mas para consolidá-la terão que resolver suas diferenças em temas conflitantes como as trocas de bens agrícolas, serviços e investimentos, entre outras questões.