Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, chega para o encontro com Ministros de Finanças da Zona do Euro em Luxemburgo (Francois Lenoir/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 09h13.
Luxemburgo - A União Europeia buscava nesta sexta-feira forjar regras para forçar perdas a grandes depositantes quando bancos falirem, uma reforma que definirá como a zona do euro lida com seus credores problemáticos.
Ministros das Finanças estão tentando em Luxemburgo resolver uma das questões mais difíceis apresentadas pela crise bancária da Europa --como fechar bancos falidos sem semear pânico ou sobrecarregar contribuintes.
"Estamos prontos para uma negociação bastante difícil", disse o ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, ao chegar para a reunião, afirmando que uma regra para todos os países da UE é "perigoso".
A União Europeia gastou o equivalente a um terço de sua produção econômica salvando seus bancos entre 2008 e 2011, tirando dinheiro de contribuintes mas lutando para conter a crise e, no caso da Irlanda, quase levando o país à falência.
Mas os países estão divididos sobre a rigidez das novas regras, com alguns preocupados que impor perdas a depositantes possa levar a uma corrida aos bancos, enquanto outros argumentam que as regras do jogo devem ficar claras desde o início.
Embora não haja um cronograma imediato para um acordo, a indecisão pode afetar a confiança na capacidade dos políticos europeus de repararem o sistema financeiro, encorajarem bancos a emprestar de novo e ajudarem o continente a sair de sua estagnação econômica.
"Este é o dia mais longo do ano, então temos bastante tempo", disse Olli Rehn, principal autoridade econômica da Comissão Europeia, referindo-se ao solstício de verão no hemisfério norte em 21 de junho.
Um esboço de lei de 300 páginas que forma a base das discussões recomenda uma ordem em que primeiro acionistas de bancos assumiriam as perdas, depois detentores de títulos e finalmente depositantes com mais de 100 mil euros em suas contas.