Economia

UE debaterá eurobônus e criação de um Tesouro comum

Os líderes do bloco discutirão ainda a inclusão de um maior controle sobre os orçamentos e um fundo de resgate com mais poderes

O presidente da União Europeia Van Rompuy: ele é uma das autoridades responsáveis pelo relatório que será discutido na cúpula (©AFP/Arquivo / Jean-Christophe Verhaegen)

O presidente da União Europeia Van Rompuy: ele é uma das autoridades responsáveis pelo relatório que será discutido na cúpula (©AFP/Arquivo / Jean-Christophe Verhaegen)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 10h24.

Bruxelas - Os líderes da União Europeia (UE) discutirão na cúpula desta semana uma maior integração financeira, orçamentária e econômica do bloco, o que inclui um maior controle sobre os orçamentos, eurobônus a médio prazo e um Tesouro europeu a longo prazo, assim como um fundo de resgate com mais poderes.

Em um relatório de sete páginas elaborado pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em colaboração com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso; do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker; e do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi; o político belga expõe aos líderes da UE sua visão da futura governança da UE.

O documento, divulgado hoje, inclui quatro pilares que a UE trabalhará além da próxima cúpula, já que Van Rompuy pretende entregar na reunião de outubro um relatório intermédio e no encontro de dezembro propostas detalhadas para avançar por períodos em direção a uma verdadeira união econômica e monetária.

Os primeiros elementos do plano são um marco financeiro integrado que concede a responsabilidade da supervisão dos bancos à UE e cria mecanismos comuns para a resolução de bancos e para garantir os depósitos, assim como um acordo orçamentário integrado que implica mais decisões em comum e passos em direção à emissão de dívida comum.

Os outros dois elementos são um acordo de política econômica comum para eliminar desequilíbrios e fomentar o crescimento sustentável e garantir a necessária legitimidade democrática e prestação de contas na tomada de decisões na eurozona. 

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