Economia

UE cogita dar mais dois anos à Grécia para cumprir reformas

Os sócios europeus querem assim enviar "um sinal imediato e simbólico" à população grega, que elegeu neste domingo os conservadores favoráveis ao plano de resgate

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, prefere, no entanto, não antecipar eventos e esperar para ver quais são os pedidos do novo governo heleno (Koichi Kamoshida/Getty Images)

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, prefere, no entanto, não antecipar eventos e esperar para ver quais são os pedidos do novo governo heleno (Koichi Kamoshida/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 11h08.

Bruxelas - A União Europeia (UE) está disposta a dar mais dois anos de prazo à Grécia para cumprir as reformas que exige como contrapartida ao plano de assistência financeira internacional ao país, de 240 bilhões de euros, revelou nesta segunda-feira à Agência Efe uma fonte comunitária.

A decisão definitiva poderia ser tomada nesta quinta-feira na reunião do Eurogrupo em Luxemburgo, uma vez que já estariam acontecendo negociações entre os sócios europeus integrantes da troika para a Grécia - o Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), detalhou a fonte, que pediu anonimato

'Estou quase certo que lhe darão dois anos adicionais', comentou, acrescentando que um ano já é certo e que agora estão estudando conceder um segundo.

Os sócios europeus querem assim enviar 'um sinal imediato e simbólico' à população grega, comentou a fonte, lembrando que o resultado deste domingo nas urnas deu a vitória aos conservadores do Nova Democracia (ND), a opção mais europeísta e próxima ao plano de assistência.

Esta previsto que a possível flexibilização do programa grego será tratada nesta semana em Bruxelas por técnicos dos países do euro, que por sua vez estão em contato com os demais membros da troika, com vistas a tentar uma decisão fixada definitivamente na quinta-feira, disse a fonte.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, prefere, no entanto, não antecipar eventos e esperar para ver quais são os pedidos do novo governo heleno, segundo comentou à Efe seu porta-voz.

Em Bruxelas, outra fonte da UE lembrou hoje que países como a Irlanda também modificaram seus programas de ajuda, após negociá-lo devidamente com a troika e compensar as mudanças por outro lado, e ressaltaram que o importante é que se sigam respeitando os objetivos principais do plano de assistência.

'As revisões trimestrais são sempre a ocasião para proceder a ajustes menores, tendo em consideração os resultados macroeconômicos', explicou a fonte, acrescentando que 'os ajustes significam que se pode também reajustar as medidas, sempre que se respeitem os objetivos principais'.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEleiçõesEmpréstimosEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto