Fila em agência de empregos da Espanha: pelo relatório, houve aumento de 50% das contribuições pagas em 2011 aos países da União Europeia em comparação a 2010 (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2012 às 12h56.
Brasília – Só em 2011, 21 mil trabalhadores demitidos na região da União Europeia receberam benefícios do bloco, como apoio a quem está desempregado, segundo relatório divulgado hoje (4). O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG) gastou cerca de 128 milhões de euros, no ano passado, para pagar benefícios aos trabalhadores em 12 países - Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Polônia e Portugal.
Pelo relatório, houve aumento de 50% das contribuições pagas em 2011 aos países da União Europeia em comparação a 2010. O fundo financiou 65% das medidas, sendo que os 35% restantes foram assegurados por fontes nacionais. O relatório completo pode ser acessado no site.
As medidas incluem a assistência personalizada e intensiva na procura de um posto de trabalho, a formação profissional, os incentivos temporários, bem como outros tipos de apoio, como ajuda à criação de empresas e programas dos serviços públicos de emprego.
O comissário da União Europeia do Departamento de Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, László Andor, disse que o uso dos recursos do fundo indica a solidariedade existente no bloco. Segundo ele, desde 2007, cerca de 91 mil trabalhadores demitidos foram beneficiados com repasses de recursos do fundo. “O FEG continuará a desempenhar papel crucial na luta contra o desemprego”, disse ele.
Para o período 2014-2022, a Comissão Europeia recomendou que se mantenha o repasse de recursos do fundo para beneficiar os trabalhadores demitidos. Há ainda a sugestão de ampliar os repasses para os trabalhadores autônomos e temporários, valendo inclusive para os produtores rurais.