Economia

Ucrânia negocia gás de europeus após Rússia elevar preço

Urgência de assegurar oferta barata de gás cresceu desde que Moscou elevou os preços cobrados de Kiev duas vezes na última semana


	Extração de gás na Ucrânia: Rússia elevou o preço do gás para 485 dólares por mil metros cúbicos para a Ucrânia
 (Vincent Mundy/Bloomberg)

Extração de gás na Ucrânia: Rússia elevou o preço do gás para 485 dólares por mil metros cúbicos para a Ucrânia (Vincent Mundy/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 10h47.

Kiev - A Ucrânia iniciou negociações emergenciais com vizinhos europeus sobre a possibilidade de importar gás natural do Ocidente, disse o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, nesta sexta-feira.

A urgência de assegurar oferta barata de gás cresceu desde que Moscou elevou os preços cobrados de Kiev duas vezes na última semana, quase dobrando as tarifas em três dias.

"Estamos realizando conversas emergenciais com nossos parceiros europeus. Uma maneira de resolver o problema é reverter gás de países da União Europeia", disse Yatseniuk a repórter, acrescentando que os principais candidatos para as importações são Eslováquia, Hungria e Polônia.

"Do ponto de vista técnico, a ideia de reverter gás não traz nenhum problema e esperamos que nossos parceiros europeus tomem a decisão correta. Se isso for feito, significa preços de gás 150 dólares mais baixos que o gás da Rússia", disse.

A Rússia elevou o preço do gás para 485 dólares por mil metros cúbicos para a Ucrânia, que está envolvida na maior tensão entre Leste e Oeste desde o fim da Guerra Fria.

A Ucrânia supre 50 por cento do seu consumo de gás com compras da Rússia.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaComércio exteriorEuropaExportaçõesGásRússiaUcrânia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto