Economia

Tsipras acredita que fará acordo, mas reconhece dificuldades

"Este acordo tem espinhos e políticas que não elegemos e que nos vemos obrigados a levar à prática", afirmou o primeiro-ministro


	Primeiro-ministro grego Alexis Tsipras: o premier também afirmou que uma vez alcançado o compromisso com os parceiros, o governo seguirá negociando para conseguir melhores condições
 (REUTERS/Vincent Kessler)

Primeiro-ministro grego Alexis Tsipras: o premier também afirmou que uma vez alcançado o compromisso com os parceiros, o governo seguirá negociando para conseguir melhores condições (REUTERS/Vincent Kessler)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 11h42.

Atenas - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, mostrou confiança nesta quarta-feira de que haverá em breve um acordo com as instituições para um terceiro programa de resgate, embora tenha reconhecido que será um pacto "espinhoso".

"Este acordo tem espinhos e políticas que não elegemos e que nos vemos obrigados a levar à prática", afirmou Tsipras após visitar o Ministério da Agricultura, Meio Ambiente e Energia.

Mesmo assim, Tsipras também afirmou que uma vez alcançado o compromisso com os parceiros, o governo seguirá negociando para conseguir melhores condições, especialmente para os agricultores.

Concretamente, Tsipras prometeu seguir adiante em um programa de incentivos que sirva para proteger o setor até 2020, e que ajudaria a criar até 50 mil postos de trabalho.

Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que "é preciso fazer tudo o que for possível para garantir as condições de justiça social", impondo uma carga fiscal equitativa para todos os grupos de profissionais.

Neste contexto, o líder concretizou que o projeto governamental contempla uma diferenciação clara entre aqueles que têm ingressos rurais mas não são principalmente agricultores, e os que vivem plenamente do campo.

Assim, Tsipras disse que os profissionais que vivem só da agricultura podem seguir obtendo um tratamento fiscal favorável mantendo seu imposto reduzido sobre a renda em 13%, e aplicar além disso reduções para os jovens agricultores.

Para os demais, o imposto seria elevado até 26 %.

Tsipras se comprometeu, além disso, a desmantelar o oligopólio que há atualmente no mercado agrônomo mediante a racionalização dos preços ao produtor, os pagamentos a tempo e o controle os preços de produção vigentes.

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