Economia

Trump quer usar Medicare para manter preços de remédios baixos

Presidente explicou ter instruído o secretário de Saúde e Serviços Humanos a conduzir reformas que "trarão preços estratosféricos de volta à Terra"

Donald Trump: "Aliviaremos o fardo regulatório para que remédios cheguem ao mercado mais rápido e mais baratos" (T.J. Kirkpatrick/Bloomberg/Bloomberg)

Donald Trump: "Aliviaremos o fardo regulatório para que remédios cheguem ao mercado mais rápido e mais baratos" (T.J. Kirkpatrick/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2018 às 16h18.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que o seu governo fará adaptações ao Medicare, uma parte do sistema de saúde pública conhecido como Obamacare, para baixar os preços de remédios sob prescrição e mantê-los em níveis inferiores aos atuais.

"Daremos ao Medicare novas ferramentas para negociar preços mais baixos para mais remédios e garantir que o Medicare encoraje companhias farmacêuticas a manter os preços baixos", prometeu. "Não recompensaremos companhias que constantemente aumentam os preços."

Em discurso na Casa Branca, Trump criticou ainda a disparidade existente, na sua avaliação, entre os preços praticados por multinacionais em países que são parceiros comerciais de Washington e o custo dos produtos em solo americano.

Disse, também, que direcionou o representante comercial da Casa Branca, Robert Lighthizer, a tentar solucionar essas "injustiças", pontuando que as medidas anunciadas prezariam por mais competitividade no setor como forma de reduzir o valor nas etiquetas.

"Aliviaremos o fardo regulatório para que remédios cheguem ao mercado mais rápido e mais baratos", declarou.

Trump explicou ter instruído o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, a conduzir reformas que "trarão preços estratosféricos (de remédios) de volta à Terra" ao encerrar "incentivos distorcidos" do Obamacare que, "na verdade, encorajam preços mais altos". Essas propostas, explicou, serão enviadas ao Congresso americano e terão de ser aprovadas no Legislativo antes de entrar em vigor.

Por fim, o ocupante da Casa Branca voltou sua metralhadora verbal também contra o que chama de "interesses especiais". "O lobby farmacêutico está fazendo uma fortuna às custas da população americana", acusou o presidente. "O governo também foi uma parte do problema porque líderes anteriores fizeram vista grossa a esse abuso. Mas, sob esta administração, estamos colocando pacientes americanos em primeiro lugar."

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