Economia

Trump propõe orçamento de US$4,8 trilhões, com cortes em programas sociais

O texto enviado pelo presidente ao Congresso também sugere a redução de verba para ajuda estrangeira e mais recursos para a defesa

Donald Trump: proposta de Trump deve ter dificuldade de aprovação na Câmara, de maioria democrata (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: proposta de Trump deve ter dificuldade de aprovação na Câmara, de maioria democrata (Jonathan Ernst/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 15h41.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2020 às 15h43.

Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta segunda-feira um plano orçamentário no valor de US$ 4,8 trilhões para o ano fiscal de 2021, propondo acentuados cortes em programas sociais e ajuda estrangeira e mais recursos para defesa e veteranos.

A proposta eleva os gastos militares em 0,3%, a US$ 740,5 bilhões, no ano fiscal com início no dia 1º de outubro. Ao mesmo tempo, reduz gastos fora do setor de defesa em 5%, a US$ 590 bilhões, abaixo do nível acertado entre o Congresso e o presidente num acordo orçamentário de dois anos fechado em meados de 2019.

O Orçamento pede uma redução de 21% nos recursos destinados a ajuda estrangeira – dos 55,7 bilhões de dólares do ano fiscal de 2020 para 44,1 bilhões.

Prevê ainda economias com desembolsos com programas de amparo social, incluindo 130 bilhões de dólares do Medicare, através de reformas de preços de remédios, 292 bilhões de dólares em cupons alimentares e programas do Medicaid por meio da sanção de novas exigências trabalhistas para os beneficiários, e 70 bilhões de dólares através de uma redução da eligibilidade de deficientes para benefícios federais.

É improvável, no entanto, que o plano vire lei, uma vez que os democratas controlam a Câmara dos Representantes e projetos de lei de gastos exigem apoio bipartidário no Senado.

Ontem, os democratas sinalizaram se opor ao plano orçamentário, que foi descrito pelo deputado John Yarmuth (Kentucky), presidente do Comitê de Orçamento da casa, como "destruidor e irracional".

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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