Economia

Trump pressiona empresas dos EUA a fecharem operações na China

"Nós não precisamos da China e, francamente, estaríamos muito melhor sem eles", afirmou Trump após pedir que as empresas americanas deixem o país

EUA: Trump reagiu depois que a China anunciou uma nova retaliação (Kevin Lamarque/Reuters)

EUA: Trump reagiu depois que a China anunciou uma nova retaliação (Kevin Lamarque/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 14h43.

Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 14h44.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que está ordenando que as empresas norte-americanas busquem formas de fechar suas operações na China e produzir mais de suas mercadorias nos EUA, um ataque retórico a Pequim após intensificação das tensões comerciais.

Trump não pode legalmente obrigar as empresas norte-americanas a abandonar a China imediatamente e não deu detalhes sobre como poderia prosseguir com tal pedido, embora tenha dito que oferecerá uma resposta mais tarde nesta sexta-feira a tarifas sobre produtos americanos anunciadas pela China no início do dia.

O dólar subia acentuadamente em relação ao iuan chinês, os mercados acionários dos EUA caíam e os preços do petróleo recuavam com a última investida de Trump contra a China.

"Nossas grandes empresas norte-americanas estão ordenadas a começar imediatamente a procurar uma alternativa à China, incluindo trazer suas empresas para casa e fazer seus produtos nos EUA", escreveu Trump no Twitter. "Nós não precisamos da China e, francamente, estaríamos muito melhor sem eles."

Especialistas disseram que mudanças na política tributária e sanções poderiam ser usadas para restringir ou reduzir a atividade comercial dos EUA na China, mas levaria anos para desconectar as duas maiores economias do mundo. As consequências de uma ruptura completa para a economia mundial seriam severas, disseram eles.

Muitas empresas norte-americanas já começaram a transferir algumas operações para fora da China devido ao aumento dos custos trabalhistas. Mas outras, incluindo a General Motors, têm fábricas grandes que abastecem o mercado chinês. Eles resistiriam a qualquer pressão para fechar suas instalações, dada a dimensão e a importância do mercado chinês, disse Bill Reinsch, ex-autoridade sênior do Departamento de Comércio dos EUA.

Acompanhe tudo sobre:ChinaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional