Economia

Trump incentiva líder da Índia a reduzir déficit com EUA

Trump e primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se esforçaram para ressaltar a importância de um relacionamento forte entre as duas nações

Donald Trump disse que gostaria de uma relação comercial "justa e recíproca" com a Índia (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump disse que gostaria de uma relação comercial "justa e recíproca" com a Índia (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2017 às 09h05.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exortou o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a fazer mais para relaxar as barreiras comerciais do país, em conversas na segunda-feira em que os líderes se esforçaram para ressaltar a importância de um relacionamento forte entre as duas nações.

Em um primeiro encontro acompanhado de perto, Trump e Modi pareceram se dar bem. Modi deu um abraço apertado em Trump no palco montado nos jardins da Casa Branca diante das câmeras.

"Valorizo profundamente seu forte compromisso com a intensificação de nossas relações bilaterais", disse Modi. "Tenho certeza de que, sob sua liderança, uma parceria estratégica mutuamente benéfica irá ganhar nova força, nova positividade, e irá atingir novas alturas".

Trump também se mostrou caloroso, mas deixou claro que vê a necessidade de uma relação comercial mais equilibrada entre EUA e Índia, algo coerente com sua promessa de campanha de expandir as exportações norte-americanas e criar mais empregos. No ano passado o déficit comercial com a Índia beirou os 31 bilhões de dólares.

Trump disse que gostaria de uma relação comercial "justa e recíproca".

"É importante que se eliminem as barreiras às exportações de bens dos EUA a seus mercados e que reduzamos nosso déficit comercial com seu país", afirmou.

Trump disse estar satisfeito com uma encomenda da empresa aérea indiana de 100 novos aviões norte-americanos e que os EUA esperam exportar mais energia, inclusive através de grandes contratos de longo prazo para a compra de gás natural dos EUA.

Estes contratos de energia "estão sendo negociados e iremos assinar - tentando elevar os preços um pouco", disse o presidente.

Modi foi a Washington na esperança de revitalizar um relacionamento que floresceu com o ex-presidente Barack Obama, mas pareceu murchar pelo fato de Trump estar cortejando a China, uma rival da Índia, na tentativa de persuadir Pequim a fazer mais para conter a Coreia do Norte.

Modi elogiou Trump efusivamente, louvando sua "experiência vasta e bem-sucedida no mundo dos negócios" e sua "grande liderança" nos laços EUA-Índia, que, disse, deveriam "criar uma agenda agressiva e progressista para nossas relações".

Trump aceitou o convite de Modi para visitar a Índia, informou a Casa Branca em um comunicado, mas nenhum cronograma de viagem foi fornecido.

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