Donald Trump: "Nos últimos anos, vimos nossa economia crescendo apenas 2%" (Kevin Lamarque/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de agosto de 2017 às 17h23.
Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 17h30.
São Paulo - Em uma demonstração de que, neste momento, a Casa Branca está focada na aprovação de reformas econômicas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou um giro pelo país para defender as mudanças que seu governo deseja realizar no código tributário americano.
Em um discurso em Springfield, no Missouri, o republicano afirmou que está lançando um plano para reduzir a carga tributária das empresas americanas, afirmando que a proposta deve acelerar o crescimento dos EUA.
"Nos últimos anos, vimos nossa economia crescendo apenas 2%. Vamos mudar isso, meus colegas. Posso lhes garantir", afirmou o republicano, citando os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados mais cedo.
De acordo com o Departamento do Comércio, a economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 3% no segundo trimestre, acima do previsto por analistas. Para Trump, "nosso PIB pode ser muito maior do que 3%".
O cronograma estipulado pelo chefe de gabinete do governo, John Kelly, para a reforma tributária é apertado: o projeto completo será divulgado em setembro, para que a questão possa ser apreciada e votada em outubro pela Câmara dos Representantes e, em novembro, pelo Senado. Para que esse prazo seja cumprido, Trump pressionou o Congresso a apreciar a questão logo.
"Não quero desejo que o Congresso me decepcione. Estamos contando com eles. Os EUA estão esperando por isso", afirmou. Durante o discurso, ele ainda pediu que a senadora democrata Claire McCaskill, do Missouri, "faça isso por vocês. E se ela não fizer, vocês terão que votar em outra pessoa para esse cargo".
De acordo com Trump, o atual código tributário dos EUA "beneficia os ricos e não a classe média. Por isso, precisamos de um sistema tributário que seja simples, justo e fácil de entender".
Na avaliação do republicano, muitas regulações são desnecessárias "e irão embora rapidamente", assim como acordos comerciais.
Ele citou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), ao afirmar que o México "não está feliz" com a renegociação do pacto, mas, "com sorte, poderemos renegociar". No entanto, novamente, Trump ameaçou terminar com o acordo.
Outro indicador divulgado nesta quarta-feira, o número de postos criados no setor privado dos EUA em agosto foi de 237 mil, acima do previsto por analistas, de acordo com a Automatic Data Processing (ADP).
"A base da nossa criação de empregos é reformar o código tributário", afirmouo republicano. Além disso, ele voltou a comentar que gostaria de baixar os impostos corporativos da atual faixa de 35% para 15%, pedindo que os congressistas o ajudem a apoiar a reforma.