Economia

Trump chama Fed de patético e pede — mais uma vez — cortes nos juros

Em crítica ao banco central americano, presidente disse que os "países concorrentes" têm vantagem na sua taxa de juros em relação aos EUA

Donald Trump: "Nosso patético, lento para agir Federal Reserve, comandado por Jay Powell, que elevou os juros muito rápido e os reduziu muito tarde, deveria cortar nossa taxa para os níveis das nações concorrentes" (Sarah Silbiger/Bloomberg/Getty Images)

Donald Trump: "Nosso patético, lento para agir Federal Reserve, comandado por Jay Powell, que elevou os juros muito rápido e os reduziu muito tarde, deveria cortar nossa taxa para os níveis das nações concorrentes" (Sarah Silbiger/Bloomberg/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de março de 2020 às 11h43.

Última atualização em 10 de março de 2020 às 11h45.

São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou hoje a usar sua conta no Twitter para reclamar da postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), pedindo novamente uma postura mais agressiva da instituição para relaxar a política monetária e apoiar a economia. "Nosso patético, lento para agir Federal Reserve, comandado por Jay Powell, que elevou os juros muito rápido e os reduziu muito tarde, deveria cortar nossa taxa para os níveis das nações concorrentes", afirmou Trump.

O presidente disse que os "países concorrentes" têm até 2 pontos porcentuais de vantagem, em relação aos EUA, "mesmo com ajuda maior do câmbio", além de estarem lançando estímulos. "O Federal Reserve deve ser um líder, não um seguidor atrasado, que é o que tem sido", reclamou.

Na última semana, o banco central americano reduziu suas taxas de juros de surpresa como resposta a uma possível desaceleração global devido à epidema do coronavírus. A decisão recebeu elogios de Trump, que costuma atacar a entidade monetária. Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, o presidente pede que o Fed seja mais ousado em baixar juros para estimular a economia norte-americana.

Após o último corte, o mercado ainda espera mais um corte na taxa de juros do país. Nos próximos dias 17 e 18 de março, o banco central tem uma reunião em que o novo corte pode acontecer.

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