Trump: "já assinei a lei. Nossos militares serão agora mais fortes do que nunca. Nós amamos e precisamos de nossos militares e damos a eles tudo" (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 14h23.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira a lei orçamentária aprovada nesta madrugada pelo Congresso, pondo fim ao segundo fechamento administrativo sofrido por seu Governo em apenas um mês.
"Já assinei a lei. Nossos militares serão agora mais fortes do que nunca. Nós amamos e precisamos de nossos militares e damos a eles tudo - e mais. A primeira vez que isso aconteceu em muito tempo. Também significa EMPREGOS, EMPREGOS, EMPREGOS!", disse o presidente em sua conta no Twitter.
Just signed Bill. Our Military will now be stronger than ever before. We love and need our Military and gave them everything — and more. First time this has happened in a long time. Also means JOBS, JOBS, JOBS!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 9, 2018
O Congresso aprovou nesta madrugada um projeto de lei para financiar o governo até 23 de março, um texto que dará margem aos legisladores para finalizar o plano de financiamento bipartidário que concordaram para os fundos federais dos próximos dois anos fiscais.
Trump lembrou, no entanto, que o pacto orçamentário contém concessões aos democratas, dada a estreitíssima maioria republicana no Senado, onde conta com 51 cadeiras, contra 49 do partido opositor.
"Sem mais republicanos no Congresso, fomos obrigados a aumentar os gastos com coisas que não gostamos ou que não queremos para poder, finalmente, depois de muitos anos de esgotamento, cuidar dos nossos militares", escreveu o presidente americano em outro tweet.
"Infelizmente, precisávamos alguns votos democratas para a sua aprovação. Devemos eleger mais republicanos nas eleições de 2018!", acrescentou Trump, em alusão às eleições legislativas de novembro deste ano.
O Governo Federal esteve tecnicamente em fechamento parcial durante quase nove horas, depois que o senador republicano Rand Paul, que se opõe ao aumento de gastos contemplados no acordo, forçou a expiração dos fundos na última meia-noite através de uma manobra legislativa.
O Senado e a Câmara dos Representantes votaram sobre o orçamento depois que foi retirado o bloqueio do senador Paul, de tendência libertária, e até o texto ser assinado por Trump nesta manhã as agências federais ficaram tecnicamente sem fundos.
Este é o segundo fechamento administrativo do governo de Trump em apenas um mês, depois que no último dia 20 de janeiro, coincidindo com o primeiro aniversário da sua chegada à Casa Branca, os congressistas não alcançaram um acordo a tempo.
Aquele fechamento durou cerca de três dias, mas seus efeitos quase não foram notados por cair num fim de semana.
O acordo orçamentário contempla um aumento da despesa em Defesa para os próximos dois anos de US$ 165 bilhões, e um número um pouco menor em despesas não relacionadas com o Pentágono, uma exigência dos democratas para investir em despesa social e programas de ajuda, como a assistência a desastres e a crise de opioides.
No entanto, os republicanos conseguiram tirar do debate de financiamento as demandas migratórias dos democratas, que devem ser abordadas nos próximos dias no Congresso de forma independente.