O presidente americano afirmou que o comércio entre os países é desigual (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de junho de 2018 às 09h50.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 10h52.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira a imposição de tarifas de 25% às importações chinesas, no valor de US$ 50 bilhões, que contêm "tecnologias industrialmente significativas", em uma nova escalada nas tensões comerciais com Pequim.
"Por conta do roubo de propriedade intelectual e tecnológico e outras práticas comerciais injustas, os EUA implementarão uma tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões de produtos da China que contêm tecnologias industrialmente significativas", afirmou a Casa Branca em comunicado.
"Estas tarifas", acrescentou a nota, "são essenciais para prevenir maiores transferências injustas de tecnologia e propriedade intelectual americana à China, além de proteger empregos nos EUA".
O presidente tomou a decisão em reunião realizada na quinta-feira na Casa Branca com o secretário de Comércio, Wilbur Ross; o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; e o responsável de Comércio Exterior, Robert Lighthizer.
Trump revelou em março seus planos de impor tarifas por US$ 50 bilhões à China pelo déficit comercial de Washington com relação a Pequim, e iniciou assim um período de confronto comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O Governo de Trump identificou então cerca de 1,3 mil produtos chineses aos quais planejava taxar em uma lista na qual incluiu aparatos de tecnologia de ponta das indústrias aeroespacial e robótica.
Estas tarifas se somariam às já impostas por Trump em nível mundial às importações de aço (25%) e alumínio (10%).
Pequim já advertiu que responderá a estas medidas protecionistas com ações recíprocas e que serão cancelados os acordos alcançados nesta matéria após dois meses de negociações com Washington.
"A nossa posição continua sendo a mesma. Se os EUA tomarem medidas unilaterais e protecionistas que danifiquem os interesses chineses, responderemos imediatamente tomando as decisões necessárias para salvaguardar nossos legítimos direitos e interesses", acrescentou o porta-voz das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva. EFE