Economia

Transportes e educação disparam no IPC-C1 de janeiro

Os gastos com transportes passaram de alta de 0,79% em dezembro para 4,02% em janeiro, enquanto as despesas com Educação aceleraram de 0,90% para 3,73%


	IPC: os gastos com transportes passaram de alta de 0,79% em dezembro para 4,02% em janeiro, enquanto as despesas com Educação aceleraram de 0,90% para 3,73%
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

IPC: os gastos com transportes passaram de alta de 0,79% em dezembro para 4,02% em janeiro, enquanto as despesas com Educação aceleraram de 0,90% para 3,73% (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 08h05.

Rio - As famílias de baixa renda sentiram mais em janeiro a disparada nos preços dos transportes e educação, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 3, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os gastos com transportes passaram de alta de 0,79% em dezembro para 4,02% em janeiro, enquanto as despesas com Educação, Leitura e Recreação aceleraram de 0,90% para 3,73% no período

Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Em janeiro, seis das oito classes de despesa do índice tiveram taxas de variação maiores em relação a dezembro.

O ritmo de aumento de preços acelerou também em Alimentação (de 1,94% em dezembro para 2,63% em janeiro), Habitação (de 0,34% para 1,04%), Despesas Diversas (de 0,17% para 1,80%) e Comunicação (de 0,06% para 0,34%).

Os destaques do último mês foram a tarifa de ônibus urbano (variação de 0,46% em dezembro para 6,11% em janeiro), hortaliças e legumes (de 8,68% para 19,99%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,09% para 2,53%), cursos formais (de 0,00% para 11,40%), cigarros (de 0,00% para 2,71%) e mensalidade para TV por assinatura (de 0,42% para 2,46%).

Na direção oposta, os aumentos foram menores em Vestuário (de 1,04% para 0,39%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,49% para 0,38%), sob influência dos itens roupas (de 1,30% para 0,42%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,72% para -0,11%).

Em janeiro, a taxa do IPC-C1 foi superior à inflação apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br), também calculado pela FGV. O IPC-Br mostrou alta de 1,78% no mês passado, contra a elevação de 1,91% do IPC-C1.

No acumulado em 12 meses até janeiro, o IPC-C1 ficou em 11,42%, patamar também superior ao do IPC-BR, que acumulou aumento de 10,59% no período.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEstatísticasFipeIndicadores econômicosInflaçãoIPCTransporte público

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto