Transporte de carga: na América do Norte, com participação de 23,3% no mercado, a queda foi de 5,2%, enquanto na Europa, com peso de 21,5%, a queda foi de 4,0% (Jason A. Neal/USAF via Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 14h34.
São Paulo - O tráfego aéreo mundial de carga caiu 2,3% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
O resultado foi impactado por uma retração nos três principais mercados do setor.
Na região da Ásia e Pacífico, que responde por 38,5% do transporte aéreo mundial de carga, o tráfego baixou 3,3% em março. Na América do Norte, com participação de 23,3% no mercado, a queda foi de 5,2%, enquanto na Europa, com peso de 21,5%, a queda foi de 4,0%.
A pesquisa da Iata mostra queda de 0,8% no tráfego aéreo de carga na América Latina, que responde por 3,1% do transporte global.
No entanto, o levantamento pondera que a tendência de crescimento econômico subjacente na região ainda é sólido e as companhias de aviação estão mantendo uma melhoria de demanda desde o fim de 2012.
O crescimento das exportações para a América do Norte e China está apoiando as rotas de transporte internacional de carga aérea.
As únicas regiões com crescimento no tráfego em março foram Oriente Médio e África, com altas de 10,5% e 3,2%, respectivamente. O Oriente Médio responde por 12,5% do mercado global, e África, 1,2%.
Na avaliação do presidente da Iata, Tony Tyler, o enfraquecimento do mercado de carga aérea em março é, provavelmente, uma situação temporária. "A confiança das empresas continua a sinalizar que uma expansão está a caminho, e o sólido aumento em novos pedidos de exportação ocorridos em 2013 deve aumentar a expansão do mercado nos próximos meses", afirmou em nota.
Tyler observou que o cenário mais fraco resulta, em boa parte, de impactos de outros mercados sobre as companhias da Ásia e Pacífico. "Enquanto a região é economicamente forte, as economias de seus parceiros de negócio não o são.
A zona do euro está mostrando nova fraqueza, e o impacto negativo dos cortes de orçamento nos Estados Unidos ainda precisa ser totalmente medido", afirmou.